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sobre identidades colecionáveis - Versão de Impressão

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sobre identidades colecionáveis - mistério - 14-07-2022

existem uma série de termos pra pessoas que "colecionam" termos pra identidades, sejam elas de gênero, orientações, nomes ou linguísticas.

o que eu quero saber é:
  • alguém aqui usa um monte de rótulos/conjuntos, a ponto de poder se considerar drake/colecionadore/etc.?
  • se sim: usa algum termo pra isso, ou só tem uma lista grande de termos e pronto?
  • essa quantidade de termos tem a ver com uma fluidez ou com uma experiência que cabe em vários rótulos diferentes?
  • como é essa experiência, em relação a reações alheias? é algo que vocês só contam em espaços mais íntimos, enquanto pro resto vocês simplificam? ou é algo que vocês reinvindicam em qualquer espaço onde uma pessoa com identidades mais simples também se revelaria?



RE: sobre identidades colecionáveis - Uriel - 14-07-2022

Hum… eu utilizo vários rótulos para meus gêneros (sou gênero-cósmico) e para minhas orientações (sou ariorientada), mas, apesar de me encaixar na definição de drake, não assumo o termo por manter uma lista de todas as identidades que já experimentei ou que podem descrever minha vivência em um documento.

Nesse sentido, uma maior quantidade de rótulos diz respeito sim à fluidez em certos pontos da minha identidade de gênero e às experiências que são percebidas de diferentes perspectivas na minha identidade de gênero e nas minhas orientações. E eu acabo abraçando essa pluralidade – mesmo que ês outres não entendam a necessidade de utilizar termos quase iguais para demarcar coisas – porque manter boa parte dos cantos em evidência me deixa mais alegre e mais tranquila.

Em geral, além do período inicial de descoberta da minha arromanticidade/assexualidade e da minha poligeneridade, em que tudo era novo para mim, não costumo falar de tais vivências com as pessoas no dia-a-dia por elas estarem além da concepção para estas. Quando vou pontuar sobre a minha não-binariedade e a minha não-alloatração para colegas de sala, infelizmente, aprendi a me ater nos termos mais simples e/ou mais gerais como queer não-binária (de tempos em tempos solto um schrodingênero para me sentir conectada com o que sou de novo).


PS.: Quanto aos meus conjuntos de linguagem, como não me sinto maldenominada com nenhum, aceito o uso de a/ela/a no contato presencial, apesar de ter um maior conforto com os que podem ser enquadrados na não-conformidade de linguagem. E mantenho-os em outro documento do Google por questões de comodidade e efetividade.