Gunnerkrigg Court

[Aster]

Gunnerkrigg Court (GKC) é uma webcomic em inglês sobre a vida de Antimony Carver em um internato num lugar isolado chamado Gunnerkrigg Court. Esse lugar é cheio de robôs, mas também é habitado por diversos seres fantásticos. Váries estudantes também exibem poderes ou habilidades especiais.

A história é quase toda linear em questão de tempo, mas nem tanto em questões de arcos ou temas. Existem mistérios ou tramas que só são resolvidas mais tarde, intercaladas com histórias totalmente diferentes. Por isso, é difícil de dar exemplos do que acontece sem parecer propaganda enganosa.

Eu diria que o charme está no crescimento des personagens, tanto no quesito do desenvolvimento de personalidade quanto no quesito de sua relevância e de suas habilidades.

A arte pode parecer ruinzinha no início, mas vai evoluindo bastante: este é um exemplo do capítulo 2, e este é um exemplo do capítulo 40.

 

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Representação

Se você quer uma webcomic com várias mulheres que fazem coisas, GKC é uma boa pedida. Existem várias mulheres e meninas com personalidades e habilidades diversas.

Sobre representação LGBTQIAPN+,

vou tentar escrever de forma menos spoilerífica possível, mas ainda é spoiler

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- uma das personagens principais namora uma menina, mas isso demora alguns anos pra acontecer

- existem algumas entrelinhas de romance entre um robô e um homem-sombra, se eu não me engano ambos usam o/ele/o, mas entendo se não considerarem representação aquileana mesmo que fiquem juntos lol

- não chega a existir nenhume personagem abertamente trans/NB até onde sei, mas animais da floresta que querem virar humanes viram todes machos, e um personagem que aparece em alguns capítulos era uma lebre fêmea que depois aparece como menino humano

- um personagem diz que casais entre pessoas do mesmo gênero são provavelmente bem aceitos na Gunnerkrigg Court, então o subplot do amor proibido é entre uma humana e um robô

Sobre representação racial... existem algumes personagens negres, mas são pouquíssimes e pouco importantes (ao menos por enquanto). Quanto a outras representações não-brancas, acho difícil saber por conta do estilo de arte, mas segundo a wiki, Anja é Romani (o que faz de Kat birracial). Paz é... não-branca. Tipo, não dá pra dizer que não tem nada, mas também não dá pra dizer que tem muita coisa. :S

Quanto a qualquer outra característica marginalizada, se houver representação, é pouca, e possivelmente meio escondida também.

Coisas problemáticas

transmisoginia (não é spoiler pra comic)

Eu soube que o autor já tinha feito uma piada transmisógina no Twitter, feito chacota das mulheres trans que foram chamar a atenção dele e depois pediu desculpas de forma mal feita. Também soube que depois se desculpou de forma melhor. Não cheguei a ver com meus próprios olhos o que era, mas gente o suficiente falou sobre isso em lugares diferentes ao ponto que eu acredito que aconteceu ao menos algo parecido.

Na comic em si, existe algum capacitismo casual (o que de certa forma é até previsível por se tratarem de crianças/adolescentes), mas não consigo lembrar de outras coisas, então se teve algo, pelo menos não me chamou a atenção.

Personagens podem também tocar em alguns estereótipos: a espanhola deixa escapar algumas palavras em espanhol, por exemplo. Mas isso vai mais pra personagens menos importantes.

A comic também lida com personagens de várias mitologias, e eu não cheguei a pesquisar pra ver se a representação está de acordo com o que seria considerado respeitável para as culturas de onde essies personagens vêm.

Gatilhos comuns

Abandono de menor; conflito familiar; sangue (não é um banho de sangue, mas tem algumas brigas); deformação corporal (aonde aparecem carne e ossos ocasionalmente); morte (não muita, tem tipo, 3 mortes importantes e uma ocorre antes da história, fora as de personagens que viveram séculos antes); traição