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outro tópico sobre siglas/nomes - mimi - 05-12-2017 eu acho interessante o que @loren e @tathsantanna estão trazendo no tópico de apresentações, mas quero trazer para fora do contexto de apresentações também. o que vocês consideram a comunidade de vocês? o que vocês não consideram a comunidade de vocês? honestamente, desses tempos pra cá, eu cansei da sigla. as pessoas esquecem do +, ficam sem paciência de estender além do T. usam a sigla para seus próprios propósitos, excluindo/incluindo quando é conveniente. usam a sigla para dizer quais identidades são importantes/relevantes, deixando um monte de buracos no conhecimento geral. eu estou usando só queer, porque é uma palavra mais conhecida e fácil de justificar do que uma sigla como MOGAI num contexto em português. e, quem não se considera queer... tudo bem. só digo que minhas questões são queer, que minha comunidade é queer. questões podem afetar múltiplas comunidades sem que elas todas tenham que ser consideradas a mesma. ps: sem ódio, plz? eu não estou dizendo que todo mundo que usa LGBTQIAPNO+ ou qualquer coisa parecida está manipulando ou sendo excludente, e acredito que ninguém desse fórum esteja fazendo isso. é só um padrão que vejo, assim como tem o padrão de pessoas bi forçando outras pessoas a pensar em bi como um termo guarda-chuva e isso não significa que toda pessoa bi é assim. outro tópico sobre siglas/nomes - unã - 05-12-2017 Tem muita gente trans querendo que parem de mesclar tanto a sigla LGB+ com a TTT, pois sabem a invisibilidade dentro da comunidade cis, e que isso só confunde mais quem não é "do meio" entender a identidade de gênero. Na verdade, se for ver, tem "separatismo" em toda letra, da GGGG, da L, da B e as vezes BP, da I embora bem pouco e geralmente de "ipso-ativistas", da AA (aroace). Não vi ainda de NBs. Acho legal e legítime ter um movimento m-spec (BP+), outro a-spec (AGD+), outro nb-spec, outro t-spec, outro lésbico... Meu movimento trata da sexo-positividade, contra preconceitos difundidos do antissexualismo e o movimento sexo-negativo, embora eu veja que estes devem ter seus espaços, desde que não haja elitismo assexual (achar que alguém é mais ace que outre). Acho engraçado, que tratam "MOGAI hell" qualquer identidade criada na internet, sendo que estas pessoas estariam incluídas no marginalizadas, e este "alinhamento de gêneros" não entendi bem o conceito, parece que mescla muié cis. O movimento a-spec geralmente mescla aro, alteres (alterosidade/alteridade), assensuais/assensoriais e queerplatoniques tudo no "ace", mas nem sempre. Embora na perspectiva de algumes, qualquer ume é LGBT+ ainda mais como aliades e famílias de LGBTs, relacionamentos de LGBTs, uma vez que estas pessoas sofrem com o preconceito enfrentado junte a este individuo LGBT+, e isso meio que fica inquestionável algumas vezes. E muita gente tá é pouco ligando. O tal do "queerness" para tampar a brancura é uma questão atual que criticam dentro da comunidade. Citação:eu estou usando só queer, porque é uma palavra mais conhecida e fácil de justificar do que uma sigla como MOGAI num contexto em português.Uma vez perguntei neste grupo sobre isso, se chamam não não-LGBTQs de que: hets/hts; cishets; dyallocishets; dypericishets; dycishets; straights; non-LGBTQs+... E ao justificarem straight como oposto de queer, viram que soa transfóbique. Ainda mais quando pessoas trans não se consideram T/trans (geralmente trans conservadorus/anti-comunidade). Mas ao meu ver, algo pessoal. Uma pena a palavra tem sido demonizada entre conservas, e a teoria queer não contemple realmente nbs. outro tópico sobre siglas/nomes - unã - 05-12-2017 Outra que QUEER, tem sido apropriado por hets, em sentidos de: arte (queermuseu exemplo); orgulho louco (mad pride), artivistas neuro-d (neurodiversidade) e diverso funcionais; feministas às vezes; entre outras eventos que já vi criticarem. Claro que, as pessoas podiam fazer isso conscientemente, sabendo a diferença, e colocando um nome diferente para, como "diversidades humanas", embora exclua otherkins, que também faço parte, diversidades humanóides?! outro tópico sobre siglas/nomes - l00ki - 05-12-2017 Concordo ctig Mimi, sempre achei meio excludente estas siglas, por mais boa intenção na hora de colocar gêneros e sexualidades nas siglas, sempre irá faltar alguma, ou deixará alguma na frente que ganhará mais visibilidade que as outras, o sinal de + acaba ocultando as outras, mesmo tendo por objetivo incluir. Acho que seria mais inclusivo siglas mais genéricas como Queer ou MOGAI mesmo, pois engloba grande parte das pessoas da comunidade, além disso como comentei em um post anterior, acho interessante siglas que diferenciem sexualidades, de gênero, pois vemos cada vez mais as pessoas mesclando tudo e confundindo as coisas, siglas que contenham ambos (gênero e sexualidade) só contribuem para confusão geral do público mais leigo. outro tópico sobre siglas/nomes - Aster - 06-12-2017 No Brasil, queer tem um significado ligado com academia. As pessoas que conhecem queer só se baseiam em classes (no sentido de disciplina/cadeira/aula) ou em literatura de teoria queer para dizer o que é queer. Não que eu ache que seja um identificador ruim ou inerentemente elitista, mas eu não uso por conta das pessoas em geral não entenderem que é uma identidade abrangente e com base na anti-assimilação. IMOGA/MOGAI é um problema pela questão de alinhamento de gênero, e pela questão de ser em inglês. Se eu traduzisse, ficaria irreconhecível até para quem conhece MOGAI; se eu não traduzisse, iriam reclamar por ser uma terminologia em inglês. E, aqui, temos o problema de que "ideologia de fora" é vista como algo inaplicável no país, mesmo que seja algo tão simples como palavras que descrevem identidades sem nomear tais identidades {fora intersex(o), cuja tradução não é tão diferente da original}. Portanto, eu fico com LGBTQIAPN+ mesmo. Minha lógica é que a inclusão da letra Q é importante para que pessoas possam ter um lugar que não seja o + se nenhuma das identidades servir. I e A são importantes porque as pessoas não subentendem essas identidades só com "LGBT+" (fora a possível exceção de agênero). P e N são importantes para reconhecer o direito dessas comunidades não só de existirem, mas também de se denominarem separadamente das comunidades B e T, o que considero de extrema importância quando espaços "LGBT" em geral ou até trans especificamente são exorsexistas e/ou ignorantes pra cacete. P e N também são bônus pra dar chute na cara de quem usa "LGBTPN" e reclama do suposto exclusionismo de quem usa LGBTQIA+. O caractere + é a parte mais importante, pois reconhece que essas não são todas as identidades inclusas, e que pessoas não precisam se encaixar em qualquer uma delas para fazer parte da comunidade. Quanto a separatismo, acho que não leva a muita coisa. As comunidades estão frequentemente entrelaçadas. O que precisamos é de sensibilidade dentro da comunidade para que as pessoas consigam formar grupos e espaços mais inclusivos, e convivência com pessoas de várias identidades mais ajuda do que atrapalha, ainda que também sejam necessários espaços exclusivos para certas identidades ou intersecções. Citação:Acho engraçado, que tratam “MOGAI hell” qualquer identidade criada na internet, sendo que estas pessoas estariam incluídas no marginalizadas, e este “alinhamento de gêneros” não entendi bem o conceito, parece que mescla muié cis. Originalmente, a ideia era que fosse MOGII (Orientações e Identidades de Gênero Marginalizadas e Intersexo). A ideia de mudar para MOGAI é justamente para que mulheres cis + hétero + perissexo não fossem inclusas. Esse "alinhamento de gênero" estava sendo utilizado de forma que o "alinhamento" seria entre o gênero designado de alguém e a identidade de gênero real de alguém. Ou seja, alguém designade mulher que seja gênero-fluido teria um "alinhamento marginalizado", porque seu gênero e seu gênero designado não estão sempre "alinhados". Mas uma mulher cis teria um "alinhamento centralizado", porque a sociedade espera que alguém que tenha sido designada como mulher seja mulher. É uma forma de dizer meio estranha, mas que buscava incluir qualquer pessoa que não se identifica com seu gênero designado. Quanto ao comentário em si, é engraçado que consideram MOGAI algo que só inclui identidades "não LGBT de verdade". LGBT(QIAPN+) é só um conjunto de identidades diferentes cuja única coesão é sair das normas do que é esperado para cada gênero de alguma forma (espera-se que todes sejam mulheres ou homens; espera-se que todas as mulheres sintam atração frequente somente por homens e vice-versa; espera-se que todas as mulheres tenham vagina, ovários que produzem óvulos, XX, possibilidade de gravidez, seios visíveis, vozes finas, etc.; espera-se que todos os homens tenham pênis, testículos que produzem espermatozoides, vozes grossas, impossibilidade de menstruação ou de gravidez, XY, etc). A discussão aqui deveria ser o que conta como parte da norma, mas de qualquer forma é muito fácil abrir ou fechar para certos grupos. Enquanto isso, MOGAI só diz que pessoas precisam ser marginalizadas (com a exceção de pessoas intersexo, já que "pessoas intersexo marginalizadas" é redundante). Ou seja, seria muito mais fácil argumentar "ok, mas homens não-binários que foram designados como homens e pessoas assexuais heterorromânticas não estão perdendo nada, então não são marginalizadas". Mas odeiam tanto a possibilidade de mudar suas noções ou de perder a visibilidade de suas letras que preferem inventar mentiras sobre o que MOGAI inclui - classificando filias como orientações no processo - e distorcer conceitos para que as "pessoas erradas" não sejam inclusas em uma sigla vaga e em constante mudança. Citação:E ao justificarem straight como oposto de queer, viram que soa transfóbique. Tem gente que usa Straight com S maiúsculo, para simbolizar uma posição de poder e não simplesmente uma orientação. Citação:Outra que QUEER, tem sido apropriado por hets, em sentidos de: arte (queermuseu exemplo); orgulho louco (mad pride), artivistas neuro-d (neurodiversidade) e diverso funcionais; feministas às vezes; entre outras eventos que já vi criticarem. Eu vejo queer sendo uma palavra utilizada no sentido de "estranhice" ocasionalmente, mas sempre que vejo "movimento queer", "cultura queer", "comunidade queer" ou "identidade queer", está sempre subentendido que estão falando de pessoas não-hétero e/ou não-cis, ainda que a inclusão de pessoas ipsogênero/poliamorosas/com fetiches varie de acordo com o conhecimento de cada ume. Citação: Acho que seria mais inclusivo siglas mais genéricas como Queer ou MOGAI mesmo, pois engloba grande parte das pessoas da comunidade, além disso como comentei em um post anterior, acho interessante siglas que diferenciem sexualidades, de gênero, pois vemos cada vez mais as pessoas mesclando tudo e confundindo as coisas, siglas que contenham ambos (gênero e sexualidade) só contribuem para confusão geral do público mais leigo. Uhhh... então você é a favor de comunidades abrangentes ou não? :V outro tópico sobre siglas/nomes - l00ki - 07-12-2017 Citação: Uhhh... então você é a favor de comunidades abrangentes ou não? :V Os dois, acho que deveria ter uma sigla para uma comunidade abrangente, e duas outras que separassem orientação de gênero. Uma outra ideia (só jogando ideias aqui), acho que seria interessante por exemplo para esta sigla genérica, utilizar uma palavra neutra, que não cite e dê preferencia para nenhuma orientação ou gênero, como por exemplo: Para substituir o "famoso" (comunidade LGBT+): Comunidade Arco-íris, Comunidade inclusiva, etc Para diferenciar as orientações de gêneros podemos usar por exemplo: Comunidade das orientações sexuais marginalizadas, e comunidade dos Gêneros marginalizados. Sei lá, é apenas uma ideia, para não darmos preferencia para nenhuma orientação ou gênero. Ps.: Sei que o arco-íris é muito usado por pessoas da comunidade gay, mas mesmo assim acho menos exclusivo que por exemplo LGBT+ outro tópico sobre siglas/nomes - unã - 07-12-2017 Citação:Quanto ao comentário em si, é engraçado que consideram MOGAI algo que só inclui identidades “não LGBT de verdade”. Isso me lembra daqueles "gays anti-queer". Mas enfim, se uma pessoa assexual por exemplo, que é trans ou homo/bi, considera que faz parte da comunidade LGBT e separadamente faz parte da comunidade assexual, acho isso válido, ou uma pessoa *hetace/hetaro* que não se sente parte da comunidade, é direito dela, mesmo eu sendo inclusionista. Diferente de quando ume LBT/LGB/T não se sente representade com a comunidade LGBT, ou que estu seja "anti-LGBT" (contra nossos direitos), não deixaria de ser LGBT. Só que, não é porquê damos ouvidos a pessoas como estas, que não devamos lutar por inclusão e visibilidade, quanto mais Q/I/A/P/N/+ foi incluse na sigla melhor. É incoerente lutar contra. Embora há inter-ativistas que não gostem da inclusão do I pois vivem confundindo intersex ou com orientação ou como identidade de gênero. Mas para mim esta comunidade tem um limite que diz respeito a: gêneros (expressão/identidade); orientações; e sexo (intersex/assexo). RASGKL (LERDGS/RELDSG) - (legalidade e responsabilidade de gênero e sexualidade) parece uma comunidade abrangente que engloba MOGAIs mas também kink's (fetichistas). Sou a favor de criarem outra sigla mais abrangente que incluam outras diversidades como neurotípicas, não-monogâmicas... Kink vi uma definição em português como uma "formas de excitação sexual usando maneiras ou artefatos pouco usuais", e que tem gente que trata kinks como queer. E pra mim, sexualidade humana engloba isso, afetividades, romanticidades, generidades, intersexualidades, platonidades/platonicidades, alteridades/alterosidades, sexualidades, amorosidades, socialidades, sensorialidades/sensualidades e suas liberdades. Tem 1 moce que gosta de usar DNN - diversidades não-normativas, mas com DNN podemos ver que englobam quase tudo também, como pessoas afetadas com a discriminação estética (aparentismo/unatractifobia), econômica (classismo), anatômica (tamanhismo/altismo, hiv/sidafobia, capacitismo e gordofobia/bodyshaming), etária (etarismo), mental (aporofobia e psicofobia), especista, linguística, étnico-cultural, religiosa, regional (bairrismo/municipalismo/antirrualismo), etc. Por mais que na prática eu fale LGBT subentendam o que é, mas possam nem saber o que é bi ou trans. Na verdade essa subjetividade de entendimento, é interpretativa, fundamentalistas tem demonizado a palavra, alegando que ser *homossexual* não quer dizer que vc é LGBT, são ws mesmes que usam o termo *ideologia de gênero* contra qualquer coisa que paute papéis de gênero, homofobia ou transfobia, genericamente falando. Tanto quando numa parada *LGBT* esquecem de mencionar bissexuais em seu discurso. Pode ser mal interpretada, superestimada, mas pode servir de conscientização. |