19-05-2025, 12:16 PM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez em: 19-05-2025, 12:17 PM por Aster. Edited 2 times in total.)
É, Gender Census não usa mais Google faz uns anos.
Um adendo:
Eu tinha esquecido de conferir os dados sobre o quanto pessoas aceitam neolinguagem de forma geral. Estes números não contam it/its como neolinguagem, e também não contam ninguém que marcou só que aceita quaisquer pronomes. Mas contam pessoas que marcaram quaisquer caixas entre e/em, ey/em, xe/xem, ae/aer, fae/faer, ze/hir, ze/zir ou "algum pronome não listado".
É possível que isso conte respondentes que usaram a caixa de pronomes não listados para afirmar que usam they/them/their/theirs/themselves ao invés de they/them/their/theirs/themself, ou para listar algo dentro da gramática que já seria possível marcar, mas eu não espero que tantas pessoas se enganem ou façam questão de especificar "themselves" a ponto das estatísticas mudarem drasticamente.
Todos os países analisados estão com uma taxa mais baixa do que a média, o que indica que países anglófonos provavelmente estão mais confortáveis com neolinguagem. Novamente, a Argentina e a Espanha mostram uma similaridade maior entre suas comunidades, enquanto o México e as Filipinas demonstram um conforto maior com dissidências de linguagem.
Portugal acaba por ter uma taxa maior de usuáries de neolinguagem em comparação com o Brasil, o que me surpreendeu visto que todes es portuguésies com quem falei lamentam o quanto neolinguagem é menos usada em seu país em comparação com o Brasil, e visto que o único material que já vi sobre neolinguagem sendo divulgado em site (ou sítio :P) português era baseado fortemente num guia brasileiro. Dito isso, é possível perceber que a comunidade é bem menor, e não me surpreendo se houver uma taxa maior de pessoas que aceitam neolinguagem que só se enturmam em espaços anglófonos por conta disso.
Agora, 19% não é uma taxa insignificante, ainda mais com o tamanho da amostra. Sei que a pesquisa vai acabar pesando mais para um lado de pessoas que frequentam espaços online (onde a pesquisa é divulgada) e que são familiarizadas com a língua inglesa, mas é um potencial bem significativo para a neolinguagem na língua portuguesa, visto que são pessoas que não fazem questão de usar só "um pronome neutro padrão" mesmo quando essa é uma opção comum e válida.
Um adendo:
Eu tinha esquecido de conferir os dados sobre o quanto pessoas aceitam neolinguagem de forma geral. Estes números não contam it/its como neolinguagem, e também não contam ninguém que marcou só que aceita quaisquer pronomes. Mas contam pessoas que marcaram quaisquer caixas entre e/em, ey/em, xe/xem, ae/aer, fae/faer, ze/hir, ze/zir ou "algum pronome não listado".
É possível que isso conte respondentes que usaram a caixa de pronomes não listados para afirmar que usam they/them/their/theirs/themselves ao invés de they/them/their/theirs/themself, ou para listar algo dentro da gramática que já seria possível marcar, mas eu não espero que tantas pessoas se enganem ou façam questão de especificar "themselves" a ponto das estatísticas mudarem drasticamente.
- Geral: 11541/48645 respondentes (23,7%)
- Filipinas: 31/133 respondentes (23,3%)
- México: 36/158 respondentes (22,3%)
- Portugal: 19/86 respondentes (22,1%)
- Suécia: 70/357 respondentes (19,6%)
- Brasil: 61/321 respondentes (19%)
- Argentina: 21/131 respondentes (16%)
- Espanha: 39/266 respondentes (14,7%)
Todos os países analisados estão com uma taxa mais baixa do que a média, o que indica que países anglófonos provavelmente estão mais confortáveis com neolinguagem. Novamente, a Argentina e a Espanha mostram uma similaridade maior entre suas comunidades, enquanto o México e as Filipinas demonstram um conforto maior com dissidências de linguagem.
Portugal acaba por ter uma taxa maior de usuáries de neolinguagem em comparação com o Brasil, o que me surpreendeu visto que todes es portuguésies com quem falei lamentam o quanto neolinguagem é menos usada em seu país em comparação com o Brasil, e visto que o único material que já vi sobre neolinguagem sendo divulgado em site (ou sítio :P) português era baseado fortemente num guia brasileiro. Dito isso, é possível perceber que a comunidade é bem menor, e não me surpreendo se houver uma taxa maior de pessoas que aceitam neolinguagem que só se enturmam em espaços anglófonos por conta disso.
Agora, 19% não é uma taxa insignificante, ainda mais com o tamanho da amostra. Sei que a pesquisa vai acabar pesando mais para um lado de pessoas que frequentam espaços online (onde a pesquisa é divulgada) e que são familiarizadas com a língua inglesa, mas é um potencial bem significativo para a neolinguagem na língua portuguesa, visto que são pessoas que não fazem questão de usar só "um pronome neutro padrão" mesmo quando essa é uma opção comum e válida.