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como vocês... acham coisas não-binárias? /genq
#1
Se o tumblr é meio vazio, aqui também, e redes sociais convencionais só têm discourse e afirmações genéricas, onde se acham as pessoas falando sobre, por exemplo, ser diamóricas, transandróginas ou xenogênero?

Como vocês descobriram esse universo fora de espaços anglocentrados?
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#2
por pesquisas mais gerais na internet.

palavras como xenogênero e transandrógine são incomuns, os únicos espaços que você vai encontrar com isso vão ser inclusivos.

não recomendo depender de grupos não-binários genéricos ou de um único aplicativo. tem que cavar bastante mesmo.
let’s just drive into the sunset *
[-] 1 usuárie deu agradecimento a mistério por esta postagem:
  • tropiqueer
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#3
Na época que me descobri não-binárie, o lugar onde tinha mais gente discutindo essas questões era o Facebook. Mas dali saíram blogs como Espectrometria Não-Binária e Mídia Queer, a wiki que hoje em dia é a Wiki Diversidades e etc. Infelizmente, a maioria desses espaços acabaram sendo abandonados, por pessoas terem que focar em se sustentar ou lutar por outras causas. Mas alguns deles ainda existem, caso você queira checar.

Na medida que a não-binaridade foi ficando mais conhecida, mais pessoas adotaram o termo sem terem participado dessas discussões ou conhecido esses espaços, o que fez com que tenha surgido muito mais gente que usa o termo mas que não sabe muito sobre neolinguagem, que se recusa a ver termos além de "não-binárie" como importantes ou etc. A gente vive numa sociedade exorsexista, então o estado padrão do senso comum de cada ume vai ser perpetuar todo o exorsexismo que for conveniente para si, caso não sejam feitos esforços para valorizar outras experiências.

Enfim, para responder a primeira pergunta: dificilmente você vai ver esse tipo de discussão em qualquer lugar, porque muita gente ou se preocupa mais em falar de gênero de forma mais geral ou apenas na cunhagem de identidades de forma majoritariamente impessoal (ou seja, sem as pessoas dizerem porque se veem de tal forma ou buscarem discutir isso). Tem muita gente com dúvidas sobre como certas experiências funcionam e que sentem falta de referências, mas poucas pessoas escrevem/fazem vídeos/etc. sobre essas questões. Como @mistério disse, o melhor jeito é pesquisando e não se limitar a pesquisas em um único lugar.
avatar por Rainheal
visite asters.work
[-] 2 usuáries deram agradecimento a Aster por esta postagem:
  • mistério, tropiqueer
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#4
No meu caso, eu tive contato com o Espectometria Não-Binária porque um glossário de gênero, termos e opressões de autoria do blog havia sido replicado numa publicação sobre gênero e sexualidade na página do PCB e eu já tinha experiência prévia militando em outros movimentos e já questionava meu gênero e sexualidade antes mesmo de decidir militar, mas ficou só por isso mesmo por bastante tempo sem que eu tivesse condições de me aprofundar muito na discussão. Durante o covid eu decidi fazer uma conta no mastodon, embora eu já conhecesse o fediverso desde a faculdade também, pelo contato com outros projetos não-relacionados, como o grupo de amigxs do libreflix do telegram (já não estou lá há anos porque depois de um tempo pessoas que frequentam o grupo e nem sequer contribuem com o projeto começaram a fazer muito spam político-partidário por lá)... nessa época eu fiz o meu primeiro blog pra postar poesias numa instância de writeFreely e depois aproveitei pra fazer a conta no mastodon do criador do writeFreely. No mastodon, eu finalmente pude ter contato com o pessoal da colorides, eu me lembro que tinha chegado a postar o glossário do Espectometria por lá e a partir daí Olti e Aster começaram a me seguir ou então eu segui pela discussão que se desenvolveu da postagem (não me lembro direito), só lembro com certeza que esse momento foi crucial pra tomar contato com a colorides e começar a prestar mais atenção nas discussões que partiam de lá. A migração de instância no mastodon veio naturalmente. Hoje em dia eu já não frequento mais nenhuma rede social, inclusive as ferramentas do fedi que se assemelham mais com rede social, mas eu só pude tomar mais consciência desse universo de discussões no campo lusofalante graças a essa constelação de acontecimentos que me levou à colorides e ao orientando. Embora eu não entre com muita frequência no fórum, eu sei que é um projeto resiliente e tocado de forma séria e com muito zelo por Aster, então eu não me vejo tipo saindo daqui no longo prazo com ctz. Eu ainda quero contribuir na medida do possível e revisar coisas que tive condições de construir antes também, principalmente meus textinhos no kitgay (meu blog sobre questões de gênero que me atravessam). O meu caminho pra chegar nessas discussões foi pouco convencional e por isso mesmo eu valorizo muito os recursos e as pessoas que encontrei aqui.
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