07-02-2025, 08:28 PM
Eu acho meio complicado definir gay como "atração pelo mesmo gênero" quando, na realidade, a comunidade gay atual, especialmente no contexto lusófono, foi construída em torno da atração queer por homens. Ês mulheres bináries que vejo se autoafirmando gay utilizam a palavra mais como uma gíria ou um termo geral do que como uma identidade própria. Não estou afirmando que não existam mulheres que se identifiquem assim, mas esses casos parecem mais exceções do que experiências que realmente integrem a mesma comunidade de aquilianes e dóriques.
Falando como ume gay, particularmente me sinto mal quando definem a identidade como "atração pelo mesmo gênero", porque sinto que um espaço que era para ser meu está sendo perdido... E isso resulta no seguinte: quando vou pesquisar sobre assuntos gays, começo a encontrar coisas descoladas da vivência da maioria da comunidade gay. Ter que incluir MLM para substituir a antiga palavra que nos representava é uma experiência bem desconfortável, mas acaba se tornando "necessário", porque a antiga denominação da nossa atração foi ressignificada de forma generalizada.
Mulheres bináries podem se rotular como gay, e isso deve ser apoiado como uma reinterpretação e adoção individual. No entanto, não acho que a definição no sentido coletivo deva necessariamente abarcá-las, pois não faz sentido distorcer o senso de comunidade e sua definição para esse propósito quando a demanda por isso nem aparenta existir realmente.
Falando como ume gay, particularmente me sinto mal quando definem a identidade como "atração pelo mesmo gênero", porque sinto que um espaço que era para ser meu está sendo perdido... E isso resulta no seguinte: quando vou pesquisar sobre assuntos gays, começo a encontrar coisas descoladas da vivência da maioria da comunidade gay. Ter que incluir MLM para substituir a antiga palavra que nos representava é uma experiência bem desconfortável, mas acaba se tornando "necessário", porque a antiga denominação da nossa atração foi ressignificada de forma generalizada.
Mulheres bináries podem se rotular como gay, e isso deve ser apoiado como uma reinterpretação e adoção individual. No entanto, não acho que a definição no sentido coletivo deva necessariamente abarcá-las, pois não faz sentido distorcer o senso de comunidade e sua definição para esse propósito quando a demanda por isso nem aparenta existir realmente.