26-04-2017, 03:09 PM
Mulher e homem são categorias com nuances, que podem significar coisas completamente diferentes dependendo da vivência de cada pessoa, mas agênero e neutrois também. Meu ponto aqui é que mulher e homem são categorias com várias expectativas associadas aos gêneros binários, enquanto agênero e neutrois não.
Uma pessoa "mais ou menos homem" ou "mais ou menos mulher" até pode se considerar basicamente binária, mas ainda vai sofrer exorsexismo e não vai ser considerada não-binária (só com o rótulo de mulher ou de homem) a não ser que diga que é.
Uma pessoa mais ou menos agênero ou mais ou menos neutrois ainda vai ser não-binária, assim como pessoas agênero e neutrois.
Uma pessoa transfeminina que quer usar alguma linguagem além de a/ela/a, que não quer fazer transição física parcial ou total para ficar com a aparência de uma mulher cis e/ou que não quer cumprir com padrões de gênero estereotipados de ser mulher provavelmente vai ter dúvidas sobre ser uma mulher trans binária ou não-binária, e assim pode ficar com o rótulo transfeminine, que não especifica se a pessoa é mulher, demimulher, mulher nb, juxera, librafeminina ou o que for.
Como pessoas transfemininas geralmente não são aceitas como mulheres facilmente, transfeminine também pode ser um rótulo atraente para pessoas que estão questionando ou que não querem se definir. Assim talvez não precisem se justificar tanto em relação às normas de gênero. Claro que, dependendo da pessoa, vai dizer que só dá pra ser mulher ou homem, mas aí é um rótulo adaptável à situação.
Pessoas transneutras vão estar tomando decisões mais parecidas entre agênero/gênero neutro/neutrois e transneutre, pois são identidades tomadas com mais ou menos o mesmo nível de seriedade, e que não possuem representatividade suficiente na sociedade para que existam estereótipos e policiamento de gênero no mesmo nível.
E, para pessoas não-binárias, dizer "sou uma pessoa transfeminina" deixa claro que essa pessoa é afetada por transmisoginia, enquanto "sou uma pessoa transneutra" não diz nada sobre o gênero designado.
Uma pessoa "mais ou menos homem" ou "mais ou menos mulher" até pode se considerar basicamente binária, mas ainda vai sofrer exorsexismo e não vai ser considerada não-binária (só com o rótulo de mulher ou de homem) a não ser que diga que é.
Uma pessoa mais ou menos agênero ou mais ou menos neutrois ainda vai ser não-binária, assim como pessoas agênero e neutrois.
Uma pessoa transfeminina que quer usar alguma linguagem além de a/ela/a, que não quer fazer transição física parcial ou total para ficar com a aparência de uma mulher cis e/ou que não quer cumprir com padrões de gênero estereotipados de ser mulher provavelmente vai ter dúvidas sobre ser uma mulher trans binária ou não-binária, e assim pode ficar com o rótulo transfeminine, que não especifica se a pessoa é mulher, demimulher, mulher nb, juxera, librafeminina ou o que for.
Como pessoas transfemininas geralmente não são aceitas como mulheres facilmente, transfeminine também pode ser um rótulo atraente para pessoas que estão questionando ou que não querem se definir. Assim talvez não precisem se justificar tanto em relação às normas de gênero. Claro que, dependendo da pessoa, vai dizer que só dá pra ser mulher ou homem, mas aí é um rótulo adaptável à situação.
Pessoas transneutras vão estar tomando decisões mais parecidas entre agênero/gênero neutro/neutrois e transneutre, pois são identidades tomadas com mais ou menos o mesmo nível de seriedade, e que não possuem representatividade suficiente na sociedade para que existam estereótipos e policiamento de gênero no mesmo nível.
E, para pessoas não-binárias, dizer "sou uma pessoa transfeminina" deixa claro que essa pessoa é afetada por transmisoginia, enquanto "sou uma pessoa transneutra" não diz nada sobre o gênero designado.