03-04-2017, 06:58 PM
Observação: Já que só consigo achar o seriado na lingua original (em inglês) e sem legendas, não farei esforços para traduzir conteúdos disponíveis em links ou imagens. Porém, meus comentários vão ser em português.
[center][/center]
The Switch, seriado lançado em 2016 depois de alguns anos de complicações, possui a proposta de ser uma comédia sobre a vida de Sü (Nyla Rose), uma mulher trans que recém perdeu o emprego por sair do armário, e que acaba também sem casa e sem contatos próximos. Como último recurso, Sü liga para ume ex, Chris (Amy Fox), que topa em deixar Sü ficar em sua casa por um tempo, embora tente ao máximo esconder dela que é ume assassine cujo trabalho é matar empresários que contribuem para a poluição do planeta.
O seriado possui seis episódios em sua única temporada. É possível que façam uma segunda temporada se tiverem apoio o suficiente, mas talvez isso não seja possível. :I
Aqui estão resumos das histórias dos episódios, com alguns spoilers (só contando o setup de cada um):
Ok, mas o quão bom é o seriado por si só?
Especialmente no início, acho a atuação um pouco forçada, como em seriados da Disney (pense As Visões da Raven ou Hannah Montana). Algumas das piadas parecem um pouco forçadas também. Mesmo assim, tem várias sequências engraçadas, e as histórias são legais o suficiente para eu querer saber o que acontece depois.
Como é o seriado em questões de representação?
* Note que eu não sou de todas as minorias ever, então sinta-se livre para contestar algo que digo aqui.
Mulheres: Ótima representação, há várias mulheres no elenco (mesmo sem contar o elenco principal). Temos mulheres participando de um esporte violento, temos uma policial, temos uma assassina. A própria Sü trabalha na área de informática.
Pessoas de cor: Tanto Nyla Rose (Sü) quanto Andrea Menard (Sandra) são indígenas, enquanto Kent S. Leung (Russell) e Raugi Yu (Nate, o chefe de Sü e Phil) são asiáticos. Gigi Saul Guerrero (Isabelle) é mexicana. Não lembro de ter visto uma pessoa negra no elenco.
Pessoas não-hétero: Se eu não me engano, só a Sandra diz ser lésbica; de resto, nenhuma orientação é mencionada. Considerando que boa parte do elenco principal (Sü, Zoey, Chris) não parece ter preferência por gênero, isso é um pouco preocupante, mas não chega a ser um grande problema. Existem alguns encontros sáficos e diamóricos, embora não haja nenhum casal estabelecido. Existem alguns casais de homens no fundo, mas nada de personagens com nomes e personalidades.
Pessoas não-cis: Existem duas pessoas trans binárias e duas pessoas não-binárias como parte central do elenco, e todas são bem escritas, imho. Porém, tenho uma pequena preocupação:
Pessoas gordas: Eu acho que Nyla Rose é a única pessoa que poderia ser considerada representação gorda...? É legal que váries personagens parecem não ser totalmente magres nos padrões de grandes produções também. Ninguém comenta nada sobre perder peso, ou sobre não dever comer salgadinhos/doces demais, o que é legal.
Pessoas neurodivergentes: Embora tenha quase certeza que Chris é especificamente autista, e que Isabelle e Zoey sejam neurodivergentes de certa forma, nada tem confirmação, até onde consegui entender. Chris é boa representação no geral, mas às vezes o negócio de "não ser boe em relações sociais" parece muito exagerado para ume adulte.
Eu não sei se é só porque estou acostumade a isso ou se é intencional, mas a estranheza des personagens codificades como neurodivergentes parece ser motivo de piada vezes demais para meu gosto.
Profissionais do sexo: Eu acho que o período de Sü como dominatrix é tratado relativamente bem, como realmente um trabalho. É ruim que ela tenha deixado de fazer isso pelo Russell, que não entendeu isso, mas também sei que é uma situação relativamente real, e o Russell é tratado como namorado controlador por conta disso, o que é bom.
Vi também que o script foi revisado para que fosse menos ofensivo:
[center][/center]
Mas, pelo que eu me lembre, ainda tem uma fala da Sü dizendo que não está tão desesperada a ponto de ser uma dominatrix por texto (mesmo que ela acabe sendo).
Pessoas com fetiches: Yeah, aqui temos alguns problemas.
De resto, até onde me lembro, não tem nenhuma representação, positiva ou negativa.
Acredito que tenham se esforçado para não discriminarem ou perpetuarem ódio. Portanto, nada é perfeito, e existem coisas que acabam passando no radar. E, por serem uma produção pequena, também não tinham muito dinheiro, então a quantidade e diversidade das pessoas que poderiam contratar era limitada.
[center][/center]
Onde posso assistir?
https://revry.vhx.tv/the-switch
Seria muuuuito legal se assistissem legalmente para dar apoio, mas, para quem não pode, bem, vocês devem conhecer outros métodos.
(Porém, devo avisar que não achei nenhuma legenda, nem em inglês.)
Outros materiais
Sinopse e trailer
Matéria sobre The Switch
Outra matéria sobre The Switch
Facebook
Site
Extra: Chris responde a perguntas
[center][/center]
The Switch, seriado lançado em 2016 depois de alguns anos de complicações, possui a proposta de ser uma comédia sobre a vida de Sü (Nyla Rose), uma mulher trans que recém perdeu o emprego por sair do armário, e que acaba também sem casa e sem contatos próximos. Como último recurso, Sü liga para ume ex, Chris (Amy Fox), que topa em deixar Sü ficar em sua casa por um tempo, embora tente ao máximo esconder dela que é ume assassine cujo trabalho é matar empresários que contribuem para a poluição do planeta.
O seriado possui seis episódios em sua única temporada. É possível que façam uma segunda temporada se tiverem apoio o suficiente, mas talvez isso não seja possível. :I
Aqui estão resumos das histórias dos episódios, com alguns spoilers (só contando o setup de cada um):
Ok, mas o quão bom é o seriado por si só?
Especialmente no início, acho a atuação um pouco forçada, como em seriados da Disney (pense As Visões da Raven ou Hannah Montana). Algumas das piadas parecem um pouco forçadas também. Mesmo assim, tem várias sequências engraçadas, e as histórias são legais o suficiente para eu querer saber o que acontece depois.
Como é o seriado em questões de representação?
* Note que eu não sou de todas as minorias ever, então sinta-se livre para contestar algo que digo aqui.
Mulheres: Ótima representação, há várias mulheres no elenco (mesmo sem contar o elenco principal). Temos mulheres participando de um esporte violento, temos uma policial, temos uma assassina. A própria Sü trabalha na área de informática.
Pessoas de cor: Tanto Nyla Rose (Sü) quanto Andrea Menard (Sandra) são indígenas, enquanto Kent S. Leung (Russell) e Raugi Yu (Nate, o chefe de Sü e Phil) são asiáticos. Gigi Saul Guerrero (Isabelle) é mexicana. Não lembro de ter visto uma pessoa negra no elenco.
Pessoas não-hétero: Se eu não me engano, só a Sandra diz ser lésbica; de resto, nenhuma orientação é mencionada. Considerando que boa parte do elenco principal (Sü, Zoey, Chris) não parece ter preferência por gênero, isso é um pouco preocupante, mas não chega a ser um grande problema. Existem alguns encontros sáficos e diamóricos, embora não haja nenhum casal estabelecido. Existem alguns casais de homens no fundo, mas nada de personagens com nomes e personalidades.
Pessoas não-cis: Existem duas pessoas trans binárias e duas pessoas não-binárias como parte central do elenco, e todas são bem escritas, imho. Porém, tenho uma pequena preocupação:
Pessoas gordas: Eu acho que Nyla Rose é a única pessoa que poderia ser considerada representação gorda...? É legal que váries personagens parecem não ser totalmente magres nos padrões de grandes produções também. Ninguém comenta nada sobre perder peso, ou sobre não dever comer salgadinhos/doces demais, o que é legal.
Pessoas neurodivergentes: Embora tenha quase certeza que Chris é especificamente autista, e que Isabelle e Zoey sejam neurodivergentes de certa forma, nada tem confirmação, até onde consegui entender. Chris é boa representação no geral, mas às vezes o negócio de "não ser boe em relações sociais" parece muito exagerado para ume adulte.
Eu não sei se é só porque estou acostumade a isso ou se é intencional, mas a estranheza des personagens codificades como neurodivergentes parece ser motivo de piada vezes demais para meu gosto.
Profissionais do sexo: Eu acho que o período de Sü como dominatrix é tratado relativamente bem, como realmente um trabalho. É ruim que ela tenha deixado de fazer isso pelo Russell, que não entendeu isso, mas também sei que é uma situação relativamente real, e o Russell é tratado como namorado controlador por conta disso, o que é bom.
Vi também que o script foi revisado para que fosse menos ofensivo:
[center][/center]
Mas, pelo que eu me lembre, ainda tem uma fala da Sü dizendo que não está tão desesperada a ponto de ser uma dominatrix por texto (mesmo que ela acabe sendo).
Pessoas com fetiches: Yeah, aqui temos alguns problemas.
De resto, até onde me lembro, não tem nenhuma representação, positiva ou negativa.
Acredito que tenham se esforçado para não discriminarem ou perpetuarem ódio. Portanto, nada é perfeito, e existem coisas que acabam passando no radar. E, por serem uma produção pequena, também não tinham muito dinheiro, então a quantidade e diversidade das pessoas que poderiam contratar era limitada.
[center][/center]
Onde posso assistir?
https://revry.vhx.tv/the-switch
Seria muuuuito legal se assistissem legalmente para dar apoio, mas, para quem não pode, bem, vocês devem conhecer outros métodos.
(Porém, devo avisar que não achei nenhuma legenda, nem em inglês.)
Outros materiais
Sinopse e trailer
Matéria sobre The Switch
Outra matéria sobre The Switch
Site
Extra: Chris responde a perguntas