07-01-2018, 08:19 PM
Eu conheço gente que não gosta de usar não-binárie para si pelo mesmo motivo (ser apenas uma negação), e que por isso usam genderqueer, que é uma palavra mais abrangente, mas de conotação parecida. Eu sei que essa é uma opção ruim no Brasil, mas tá aí.
Também acho que dizer "eu sou ume menine" (ou moçe) pode servir, só seria um problema para pessoa não-binárias que preferem alguma outra linguagem por não gostarem do e (ou do y, ou do i) como final de palavra. O corte até dá numa palavra diferente que poderia ser usada (menin), mas na fala oral é possível que interpretem como algo que não ouviram, e na escrita é possível que interpretem como um erro de digitação.
Agora, eu sou contra "meninas, meninos e menines" assim como sou contra "todas, todos e todes". Isola o final de palavra e como única linguagem que pode sair do binário, tira o valor de e como linguagem neutra (no sentido de algo que pode ser utilizado para se referir a todas as pessoas, independentemente de sua linguagem pessoal, e passa a ser algo exclusivo para pessoas não-binárias/genderqueer/agênero/outras pessoas que não são homens ou mulheres).
Portanto, como um grupo, eu preferia que menines fosse simplesmente uma maneira neutra para se referir a crianças, ou a pessoas mais novas, a um grupo de maneira informal, ou outros usos similares.
Eu sugeriria criar uma nova palavra pra isso, talvez algo derivado de pessoa que não tenha conotações de gênero, e que não seria uma identidade, apenas uma maneira de se referir a alguém que não seja nem 100% homem e nem 100% mulher.
Também acho que dizer "eu sou ume menine" (ou moçe) pode servir, só seria um problema para pessoa não-binárias que preferem alguma outra linguagem por não gostarem do e (ou do y, ou do i) como final de palavra. O corte até dá numa palavra diferente que poderia ser usada (menin), mas na fala oral é possível que interpretem como algo que não ouviram, e na escrita é possível que interpretem como um erro de digitação.
Agora, eu sou contra "meninas, meninos e menines" assim como sou contra "todas, todos e todes". Isola o final de palavra e como única linguagem que pode sair do binário, tira o valor de e como linguagem neutra (no sentido de algo que pode ser utilizado para se referir a todas as pessoas, independentemente de sua linguagem pessoal, e passa a ser algo exclusivo para pessoas não-binárias/genderqueer/agênero/outras pessoas que não são homens ou mulheres).
Portanto, como um grupo, eu preferia que menines fosse simplesmente uma maneira neutra para se referir a crianças, ou a pessoas mais novas, a um grupo de maneira informal, ou outros usos similares.
Eu sugeriria criar uma nova palavra pra isso, talvez algo derivado de pessoa que não tenha conotações de gênero, e que não seria uma identidade, apenas uma maneira de se referir a alguém que não seja nem 100% homem e nem 100% mulher.