30-01-2018, 10:49 PM
Essa eu faço questão de responder, já que sou homem n-b e já havia lido anteriormente sobre esse exato tópico.
Há uma diferença enorme entre um homem n-b AFAB e um homem n-b AMAB. A pessoa AFAB será alvo de todo cissexismo que conhecemos, não vou explicitar (e isso mesmo que ela transicione). E a pessoa AMAB pode ter uma vantagem sobre isso, ainda mais se não tiver disforia e ter uma expressão "masculina", pois mesmo assumindo sua não-binaridade, ela ainda é uma pessoa com pênis e que se identifica com um gênero masculino. Isso pode fazer com que sua identidade seja, até certo ponto, tolerável. E o patriarcado, que olha pra pessoa e ainda vê um homem, ainda vai beneficiá-la.
Eu particularmente tenho apresentação tradicionalmente masculina e não tenho disforia. E não deixei de ser homem. Posso ser alvo de exorsexismo? Perfeitamente (e inclusive já fui)! Pelo simples fato de dizer que sou não-binário. Mas continuo sendo do gênero masculino (a sociedade me impôs um gênero masculino) e sou uma pessoa socialmente lida como homem. Então, sim, ainda posso usufruir dos privilégios feitos para a classe homem (cis).
É uma coisa bizarra, mas faz todo sentido. Vale lembrar que é o sistema quem dá os privilégios, não importa se as pessoas querem ou não.
Há uma diferença enorme entre um homem n-b AFAB e um homem n-b AMAB. A pessoa AFAB será alvo de todo cissexismo que conhecemos, não vou explicitar (e isso mesmo que ela transicione). E a pessoa AMAB pode ter uma vantagem sobre isso, ainda mais se não tiver disforia e ter uma expressão "masculina", pois mesmo assumindo sua não-binaridade, ela ainda é uma pessoa com pênis e que se identifica com um gênero masculino. Isso pode fazer com que sua identidade seja, até certo ponto, tolerável. E o patriarcado, que olha pra pessoa e ainda vê um homem, ainda vai beneficiá-la.
Eu particularmente tenho apresentação tradicionalmente masculina e não tenho disforia. E não deixei de ser homem. Posso ser alvo de exorsexismo? Perfeitamente (e inclusive já fui)! Pelo simples fato de dizer que sou não-binário. Mas continuo sendo do gênero masculino (a sociedade me impôs um gênero masculino) e sou uma pessoa socialmente lida como homem. Então, sim, ainda posso usufruir dos privilégios feitos para a classe homem (cis).
É uma coisa bizarra, mas faz todo sentido. Vale lembrar que é o sistema quem dá os privilégios, não importa se as pessoas querem ou não.
O L T I E L