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O separatismo do T da sigla e a relação com TERFs e conservadores cristãos
#1
Estava lendo um artigo que falava sobre uma instituição conservadora cristã e também um grupo de ódio anti-LGBTQIAPN+, a Family Research Council, e como a estratégia atual desses grupos é enfraquecer o ativismo trans tentando posar como grupos pró-LGB "progressistas", usando argumentos pseudo-científicos, baseado em argumentos de feministas radicais e de estatísticas falsas e enganosas.

https://www.splcenter.org/hatewatch/2017...rate-t-lgb

Também lembrei de outro artigo que falava de uma organização feminista radical que fazia amicus curiae em julgamentos relacionados com alguma pessoa trans. Essa organização recebe dinheiro de grupos cristãos conservadores anti-aborto e anti-LGBTQIAPN+.

http://transadvocate.com/fake-radical-fe..._20207.htm

Isso me faz pensar que o direito de pessoas trans é o principal campo de batalha que esses grupos cristãos querem atacar, além de que é uma tentativa de enfraquecer o ativismo LGBTQIAPN+ tentando separar em grupos menores. Além disso existe a união de grupos de TERFs com esses grupos cristãos, o que demonstra cada vez mais o conservadorismo disfarçado de progressivismo de TERFs. Por isso que é importante que a comunidade LGBTQIAPN+ seja mais inclusiva, porque exclusionismo é exatamente o que essas pessoas querem.
[-] 1 usuárie deu agradecimento a QueerNeko por esta postagem:
  • mistério
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#2
Este artigo me fez pensar na similaridade entre argumentos exclusionistas (REGs) e argumentos anti-trans:

[ul][li]"Mídias sociais fizeram com que se identificar dessa forma se tornasse popular"[/li]
[li]"Essas crianças ficam se auto-identificando sem saber o que estão fazendo e vão se arrepender depois, ao invés de escutar o que pessoas mais velhas dizem"[/li]
[li]"Essas pobres crianças muitas vezes são neurodivergentes, e é isso que faz com que pensem que não são cis"[/li]
[li]"Outras pessoas estão acreditando no que essas pessoas dizem ser ainda que essas pessoas não teriam a necessidade de se identificar dessa maneira se não soubessem desse rótulo"[/li]
[li]"Existe uma conspiração que imediatamente está sugerindo a identificação com rótulos que eu não gosto ao invés de arranjar desculpas para que essas pessoas permaneçam se identificando com rótulos que acho normais"[/li][/ul]

Esses argumentos servem tanto para REGs reclamando de como se identificar como assexual/polissexual/akoirromântique/gênero-estrela/neurogênero/demifluide/etc. é DO MAL, quanto para conservadories reclamando de como se identificar como trans/bi/gay/lésbica/não-binárie/etc. é DO MAL.

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#3
com todo o foco na 'ideologia de gênero', com as legislações e decisões do governo dos EUA, com os discursos falando muito mais sobre 'pessoas que mudam de gênero' ou 'pessoas que acham que são de outro gênero' do que sobre 'homem com homem' e 'mulher com mulher'... yeah, sem novidades aí



3615 escreveu:

!!! THIS THIS THIS

eu ainda acho que no Brasil existe uma tendência mais heterossexista, que ainda possui algum foco em barrar direitos de pessoas não-hétero, mas basicamente isso, existe um foco enorme de discriminação anti-trans e anti-gnc e a maioria dos veículos continua tratando isso como 'homofobia' ou como 'lgbtfobia', e continua falando de 'liberdade de orientação, gênero e expressão' como se fosse tudo a mesma coisa com os mesmos impactos. até um ponto tem impactos similares, mas não é só uma 'educação lgbt' cheia de arco-íris que só diz que pessoas podem ser gays/lésbicas cis que vai resolver nossos problemas
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#4
fico pensando se no brasil existem essas colaborações também. a ideologia similar existe, com certeza, mas os grupos locais conservadores estão colaborando diretamente com grupos feministas radicais e vice-versa? ou só estão reproduzindo o ódio que vem de fora mesmo?
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#5
Eu tentei pesquisar sobre o assunto, e tudo o que eu achei foram:

- Artigos em português comentando como essa aliança ocorreu nos EUA;
- Artigos colocando conservadorismo e feminismo radical em oposição.

O que me parece é que grupos conservadores brasileiros se opõem a qualquer tipo de feminismo (mesmo feminismos reaças) e que feministas radicais brasileiras veem a defesa da igualdade e da diversidade como uma pauta conservadora que só serve pra apropriação dos movimentos sociais pelo capitalismo (yikes).

Mas né, é aquela coisa, se houver a oportunidade com certeza FREPTs vão preferir defender cissexismo do que diversidade ou direitos de grupos marginalizados.
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