Este é um conceito que eu mesme sugeri há um tempo atrás, em outro lugar. É relacionado à misoginia e ao di/cis/heterossexismo, mas não é exatamente a mesma coisa.

Mascunormatividade seria a normalização da masculinidade como padrão, como neutralidade, e/ou como algo mais desejável.

Mascunormatividade incluiria:

• A visão da androginia como "masculinidade leve": uma pessoa magra, de rosto sem barba e sem feições categorizadas como masculinas vestida com uma camisa e uma calça, sem aparentar ter seios, é considerada andrógena, enquanto uma pessoa com barba usando um vestido não é, ainda que hajam características estereotipicamente pertencentes a ambos os gêneros binários em seu visual;
  
• A ideia de que roupas "unissex"/neutras de gênero são sempre roupas que tradicionalmente pertenceriam à seção masculina, mas que também são socialmente aceitáveis para mulheres: camisetas estampadas, moletons, calças de abrigo, etc.;
  
• A preferência de homens gays/aquileanos por homens másculos, enquanto mulheres lésbicas/sáficas possuem preferência por tomboys/butches/"sapatões";
  
• A aceitação social maior de mulheres que usam roupas consideradas masculinas, em relação à aceitação de homens usando roupas consideradas femininas;
  
• O estereótipo de pessoa não-binária aceitável inclui ser uma pessoa transmasculina de visual "andrógino" já descrito acima. Enquanto isso tem muito a ver com transmisoginia, isso também tem a ver com mascunormatividade: mesmo uma pessoa AFAB utilizando qualquer acessório feminino já tem sua identidade questionada.
  

eu gostaria de saber mais sobre transneutralidade em geral?

não consigo achar quase nada sobre isso na internet, só achei as bandeiras no PF, a página no orientando e uma thread no Twitter em espanhol sobre pessoas transneutras terem privilégio sobre pessoas transfemininas e falta de privilégio em relação a pessoas transmasculinas

eu sei o que é, mas como funciona a transição, por exemplo?

http://www.todxs.org/?portfolio=todxs-embaixadorxs

Assim como diz o site:

O que é o TODXS Embaixadorxs?

TODXS Embaixadorxs é uma iniciativa que busca conectar e capacitar jovens líderes LGBT+ de todo o Brasil para que sejam transformadores de suas realidades e comunidades. O programa consiste em cinco meses de oficinas e treinamentos online nas áreas de comunicação, liderança e empreendedorismo.

Durante o programa, as pessoas participantes construirão projetos que possam contribuir para melhorar a vida de suas comunidades, especialmente de pessoas LGBT+. O programa se encerra com a Conferência de Jovens Líderes LGBT+ em São Paulo, em um momento que será para compartilhar conhecimentos, projetos e conectar pessoas.


Talvez seja meio tarde pra isso, mas acabei de achar, rs!

Observação: Já que só consigo achar o seriado na lingua original (em inglês) e sem legendas, não farei esforços para traduzir conteúdos disponíveis em links ou imagens. Porém, meus comentários vão ser em português.

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The Switch, seriado lançado em 2016 depois de alguns anos de complicações, possui a proposta de ser uma comédia sobre a vida de Sü (Nyla Rose), uma mulher trans que recém perdeu o emprego por sair do armário, e que acaba também sem casa e sem contatos próximos. Como último recurso, Sü liga para ume ex, Chris (Amy Fox), que topa em deixar Sü ficar em sua casa por um tempo, embora tente ao máximo esconder dela que é ume assassine cujo trabalho é matar empresários que contribuem para a poluição do planeta.

O seriado possui seis episódios em sua única temporada. É possível que façam uma segunda temporada se tiverem apoio o suficiente, mas talvez isso não seja possível. :I

Aqui estão resumos das histórias dos episódios, com alguns spoilers (só contando o setup de cada um):

Piloto (Fundo do Buraco do Coelho)

Depois de perder o emprego, Sü se muda temporariamente para a casa de Chris, mesmo que as condições nela sejam terríveis: a casa é uma bagunça, sistemas como água e eletricidade não são confiáveis, e Zoey (Vincent Viezzer), ume adolescente da casa ao lado, frequentemente invade a casa de Chris para futricar. Sü se desentende com Chris por ter arrumado a casa, e tenta arrumar outro lugar para morar urgentemente.

Diversemprego

Sü vai em vários lugares para procurar um novo emprego, com a ajuda de Russell (Kent S. Leung), que mostra interesse nela.

Enquanto isso, Zoey persegue Chris para tentar entender com o que Chris trabalha. Antonia (Lindsay Coryne), a chefe de Chris, suspeita que Sü possa acabar sabendo demais sobre o trabalho de Chris.

Não dê uma F

Sü descobre que seu chefe do novo emprego é seu cliente em seu outro trabalho: ser uma dominatrix por mensagens de texto. O colega de Sü, Phil (Chance Kingsmyth) também acaba descobrindo sobre seu chefe ser submisso, e se aproveita disso para chantageá-lo.

Sü também reflete se deveria continuar sendo uma dominatrix, agora que seu relacionamento com Russell está mais sério.

Além disso, Sandra (Andrea Menard), uma policial que também é guardiã de Zoey, fica de olho em Chris por suspeitar que Zoey ajuda Chris em atividades ilegais, enquanto Zoey busca a ajuda de Chris por sofrer bullying na escola.

Maldibol

Sü e Zoey decidem participar de um time feminino de maldibol (minha tradução para Doomball :P), um esporte que é a combinação de queimada e roller derby. Seu time acaba jogando contra um time no qual Antonia participa. Chris fica na equipe médica, e se interessa em Isabelle (Gigi Saul Guerrero), que também estava na equipe. Russell não gosta da ideia de Sü estar em um esporte tão perigoso.

Noite do Encontro

É Dia dos Namorados, e Sü decide fazer um encontro duplo: ela e Russell com Chris e Isabelle. Porém, Russell não se sente confortável em estar com gente tão estranha.

Enquanto isso, Sandra ajuda Zoey a escolher um par ideal, e Antonia lida com seu encontro ter planejado uma noite completamente diferente do que esperava.

Assessore Isso!

Sü e Phil (que é um homem trans) tentam passar no exame psiquiátrico necessário para fazer cirurgia de redesignação. Russell não quer que Sü faça a cirurgia. Zoey está frustrade por Sandra não confiar que elx tenha certeza de sua identidade de gênero.

Comentário que contém situações cissexistas, exorsexistas e transmisóginas

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Gosto bastante de como o seriado trata situações relacionadas a ser trans, como a exclusão de pessoas transfemininas em "espaços seguros para mulheres", a falta de crédito que pessoas cis dão a pessoas trans que querem passar por processos de transição, o processo absurdo pelo qual pessoas trans precisam passar para serem aprovadas por cirurgia e o tratamento maldoso dado a pessoas que não usam ele ou ela.

Spoilers para o penúltimo e último episódios

Se considerar que Nate é pervertido, Russell é um chaser e a capitã do time de maldibol não parece ligar muito para qualquer coisa que não seja a vitória, todes es personagens asiátiques relevantes são problemátiques. Pelo menos não são estereotípiques...?

EDIT: Me lembrei da pessoa que conversou com Zoey no episódio de Dia dos Namorados. Parece ser alguém interessante no quesito de personalidade, mas que também podemos considerar imoral (quer ir fumar com Zoey, esconde isso dos pais).

Spoilers para o último episódio

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Antonia, uma butch descrita como "TERF-y" no próprio script (tenho o script do primeiro episódio por ter contribuído no Kickstarter), se dizer "não-trans" (basicamente diz que quer tomar testosterona, não se identificar como mulher, mudar pronomes, usar binder, etc. mas "não ser trans trans") meio que dá a ideia de que 1) mulheres com atitudes transmisóginas só estão com ódio internalizado e de que 2) pessoas GNC na verdade são trans.

Não que uma personagem assim dê essa ideia, mas Antonia seria a única pessoa GNC que não é trans, e é a única pessoa do elenco regular que usa argumentos de TERF. E não digo que essa seja a intenção des escritories. Mas, sabem como mostrar que a única pessoa anti-gay do elenco é na verdade gay bota a culpa do ódio contra pessoas gays nas próprias pessoas gays? É algo parecido aqui.

Discriminação contra fetichistas, práticas não realistas de fetiches, spoilers não muito importantes dos episódios 3 e 5

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Es dues personagens com fetiches que aparecem na série são mostrades como pervertides sem noção. Nate é mostrado como o típico homem hétero que gosta de deixar mulheres desconfortáveis, mas depois é revelado que ele encena BDSM por texto durante o trabalho.

A mulher que se encontra com Antonia não quer saber sobre consentimento, ou sobre combinar o que vão fazer (algo considerado obrigatório na vida real). É mostrada como alguém que só pensa em se satisfazer com seu fetiche, sem considerar como Antonia se sente em relação a isso.

E, é claro, ambas as situações são vistas como engraçadas.

Dei uma olhada no site e nesse fórum, mas não achei nada que me contemplasse.

Nunca senti necessidade de preencher algum dos papéis de gênero, mas sei que isso não significa que eu seja trans.

O que eu quero entender é como entender meu próprio gênero. Como posso saber se eu tenho vários gêneros? Ou nenhum? Ou se meu gênero é neutro? Ou se sou só uma pessoa cis que não sente necessidade de agir como o próprio gênero? Etc.

Dei uma lida na lista de gêneros, e gênero-fofo me chamou a atenção, por ser um gênero que não se obriga a ser masculino ou feminino, sabem? Como algo meio sereno, que está lá, mas que também não parece ser radical e super quebrador de normas. Mas não sei se me identifico como uma pessoa fofa, e não sei como saber se meu gênero é, de fato, fofo. Me ajudem?

(Yeah, aparentemente este é o fórum mais adequado pra isso. Go figure.)

Escolha ao menos um esquema de cores; você pode escolher fontes e/ou tamanhos também, mas pode deixá-los pra mim.

O esquema de cores pode ser retirado de seu avatar, de alguma bandeira de orgulho, de alguma paleta (tipo essas), etc.

Fontes que assumo que funcionem para a maioria das pessoas (e que sugiro que baixem, caso não as possuam):

Spoiler

Consolas
Verdana
Arial
Impact
Comic Sans MS
Mistral
Candara
Vivaldi
Georgia
Courier
Harrington
Calibri
Tahoma
Papyrus

Spoiler

Abel
Acme
Alegreya
Anton
Arvo
Audiowide
Bangers
Bitter
Boogaloo
Cardo
Catamaran
Chewy
Cookie
Courgette
Dosis
Economica
Exo
Gidugu
Graduate
Griffy
Handlee
Harmattan
Inconsolata
Jura
Kalam
Lato
Lemonada
Lobster
Muli
Nunito
Oswald
Oxygen
Pacifico
Pangolin
Playball
Poppins
Quicksand
Raleway
Rancho
Ranga
Roboto
Rochester
Rokkitt
Sacramento
Sansita
Satisfy
Shrikhand
Tangerine
VT323
Yellowtail

http://pride-flags.deviantart.com
http://ask-pride-color-schemes.tumblr.com

Os designs volitogênero são bem sensatos, imho. Não tem uma grande abundância de cores, embora ache que volitoandrógine tenha tons de roxo demais.

Não sou muito fã da complexidade de dodransgênero/quartogênero, mas pelo menos são bem expliícitas.

As bandeiras de gêneros reais são ok, eu acho? Mas acho que um dos tons de roxo poderia ser azul, uma cor também associada com realeza.

Bandeiras gênero-vulcão são complexas demais imho.

Aesigênero e welkingênero não precisavam de tantas faixas, mas as cores são bastante agradáveis.

@haymimi

tem como conseguir notificações em tópicos onde postei, mesmo que eu não tenha criado? @QueerNeko @tathsantanna

Alguns cuidados que vocês devem ter ao utilizar estes nomes:

• Alguns desses nomes vão ser interpretados de forma diferente dependendo do lugar ou da experiência da pessoa. Por exemplo, eu nunca imaginaria que Dana ou Evelyn contassem como nomes neutros, ao invés de serem codificados como femininos.
  
• Como várias destas listas não possuem audiências lusófonas em mente, alguns nomes podem parecer estranhos, tanto em relação à pronúncia (Phoenix, Tshering) quanto em relação ao significado que podem ter em português (India, Nevada).
  
• Seja sensate em relação à escolha de nomes de fora de sua cultura: não use um nome sul-africano ou japonês só por "soar exótico", enquanto pessoas destas respectivas culturas sofrem discriminação por não terem nomes "fáceis" ou "normais".
  

Parte geral

• Página de categorias relacionadas a gênero. Para quando você precisa responder coisas como "o que é uma pessoa cis", "o que é uma pessoa trans", "como uma pessoa pode não ser cis nem trans", etc. É importante fazer uma página separada porque rótulos como "ipsogênero" ou "não-cis" não indicam o gênero de alguém.
  
• Agora temos uma página de identidades exclusivas a certas culturas. É claro que esta página é relativamente incompleta, e francamente não sei até que ponto é possível coletar informações sobre todas essas identidades; afinal, pense em quantas já foram apagadas da história.
  Também é importante notar que a prioridade do Orientando é ajudar pessoas a se descobrirem e a entenderem que tipos de identidades as pessoas ao seu redor têm ou podem ter; e muitas identidades culturalmente exclusivas (não todas) vão ser dificilmente encontradas em populações que falam português. Por isso, a página pode demorar a ser atualizada, especialmente em relação a estas identidades de culturas mais afastadas.
  

• A página O que é intersexo? foi atualizada com informações aprofundadas, assim como a maioria das páginas de orientações e gêneros que temos.
  
• Algumas páginas de orientações foram feitas, como lésbica, poli, trifluxo e caedo.
  
• Algumas páginas de gêneros foram feitas, como apogênero, giaragênero, hemigênero e schrodigênero.
  

• cissexismo
  
• Quais termos para identidades não listadas vocês acham interessantes?
  
• sobre conteúdo problemático e identidades em geral
  
• Jogos (gaaaaymes favoritos/recentes)
  

• Mais conteúdo. Preciso atualizar a página de orientações, e escrever sobre as poucas orientações que faltam na lista atual.
  
• Adoraria também colocar mais gêneros, tanto na página de gêneros não-binários quanto na página de gêneros culturais. Não sei se farei isso nesse mês.
  
• Planejo uma seção para falar sobre tipos de disforia.