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  Orientações de A a Z
Postagem por: altedude - 27-06-2017, 09:38 AM - Fórum: Identidades - Respostas (42)

A ideia aqui é ir postando orientações e definições, uma letra por vez. Quando acabar o alfabeto, é só começar de novo do A. Não é pra repetir orientações, ou por terem mais de um nome ou por já terem sido postadas no alfabeto anterior. Usem prefixos quando a orientação não é específica a um tipo de orientação.

Isso pode ajudar o pessoal a descobrir novas orientações, e a pegar mais definições para as orientações que não estão no Orientando. Mas é só mencionar qualquer orientação, mesmo que já esteja na lista do Ori.

Vou começar com uma clássica:

A é para... a-: falta (parcial ou completa) de atração/atração por nenhum gênero. [entrada do site]


  Pedido: Material Intersexo
Postagem por: caah - 26-06-2017, 11:05 PM - Fórum: Identidades - Respostas (4)

A página que tem aqui no Orientando é super descritiva e completa, mas eu realmente não espero que as pessoas leiam só para ter uma ideia do que é intersexo.

Não tem alguma coisa mais descritiva que "intersexo é alguém cujo corpo não pode ser classificado como 'sexo masculino' ou 'sexo feminino' sem interferência externa", que tenha mais vocabulário (intersexofobia, diádico, etc.), mas que ainda seja algo fácil de ler? Tipo isso, mas em português?


  Bug em embed
Postagem por: caah - 26-06-2017, 10:53 PM - Fórum: Fórum - Respostas (7)

Eu aaacho que isso não é de propósito. >3>

http://imgur.com/a/ovrmb

O tópico é o de recursos básicos, na área Identidades.


  Espectro assexual [ac: discussão sobre opressões, incluindo tipos de violência]
Postagem por: Aster - 26-06-2017, 11:20 AM - Fórum: Identidades - Respostas (2)

Eu sei que geralmente se discute opressões tem que ir pra área de opressões, mas como o vídeo é um apanhado geral, acho melhor postar aqui.

http://youtube.com/watch?v=HkkQ-86CrD0

(yeah, eu sei que minha dicção é péssima, mas não tive tanto tempo pra ensaiar >_>)

Script original: https://pastebin.com/C2shQ9Z7


  [Em inglês] Bares gays podem ser absurdamente racistas
Postagem por: Aster - 23-06-2017, 07:46 PM - Fórum: Opressões - Respostas (8)

AC: link contém relatos de racismo anti-negro e anti-mexicano, além de outros que não especificam etnia/raça; relato de comentários transmisóginos contra uma drag queen
https://www.vice.com/en_us/article/d7bd9...gly-racist


Terrível o quanto até em dias de hoje temos esse tipo de comportamento em espaços LGBTQIAPN+.


  História da identidade não-binária?
Postagem por: altedude - 22-06-2017, 06:08 PM - Fórum: Identidades - Respostas (19)

Eu tenho curiosidade pra saber mais sobre como a identidade genderqueer foi evoluindo para não-binária, no sentido que não-binárie é o termo mais comum hoje em dia, pelo menos em contextos informados.

O que eu já sei sobre o assunto é que genderqueer se refere não só a pessoas de gêneros não-binários, mas que por algum motivo algumas pessoas dizem que genderqueer é uma identidade específica dentro da categoria não-binária, o que não faz sentido. Também sei que essa mudança foi faz uns 7 anos.

Eu também já sei sobre como genderqueer é considerado um termo carregado politicamente... mas, se era mesmo, como é que as pessoas ficaram tanto tempo sem nenhum nome para pessoas não-binárias que não queriam ser chamadas de queer?

Sei lá. Se ninguém souber responder, não precisa.


  #Parada21 e o desafio da comunidade LGBTQIAPN+ brasileira
Postagem por: Aster - 18-06-2017, 09:07 PM - Fórum: Opressões - Respostas (3)

Então, eu fui hoje na maior parada LGBTQIAPN+ do mundo - a Parada LGBT de São Paulo. A organização estima que hoje compareceram 3 milhões de pessoas no evento.

Em nome da bandeira gay, o Google Maps marcou o trajeto da parada em arco-íris. Os relógios digitais também tinham displays em arco-íris. Ao menos um Starbucks e um Subway próximos tinham bandeiras gays próximas a suas portas, e o Burger King deu coroas arco-íris. Haviam propagandas da Skol, da Smirnoff e de Doritos comemorativas da parada.

Eu fui com camisa branca, gravata borboleta arco-íris e bandeira genderqueer. Levei a assexual também, mas acabei não usando muito. Minha namorada estava com uma bandeira trans como capa, e levou a bandeira genderqueer boa parte do tempo.

Apenas uma dupla explicitamente reconheceu a bandeira genderqueer. Recebemos várias perguntas sobre o que era a bandeira, e alguns comentários sobre como adoraram a bandeira, mas mesmo com o quanto andamos para todos os lados daquela parada, foi só em uma ocasião que nos pararam para dizer como é bom ver uma bandeira não-binária na parada.

Aliás, não vimos nenhuma outra bandeira ou qualquer coisa genderqueer ou não-binária. Houve alguma representação de bandeiras e símbolos lésbicos, intersexo, bi, assexuais e trans (trans em maior quantidade), mas eram apenas pontinhos na imensidão de arco-íris.

Isso representa um grande problema que temos na comunidade: quantas pessoas ali sabem que pessoas não-binárias existem? Quantas pessoas ali sabem quais são as pautas das comunidades de ativistas trans e intersexo? Quantas pessoas ali sabem que pessoas bi e lésbicas possuem pautas próprias, que não se resumem às pautas da comunidade de homens gays?

Heck, quantas pessoas ali sabem nomear mais de 4 orientações? Quantas pessoas acham que ser gay é "gostar só do mesmo sexo", ignorando que pessoas trans, não-binárias e intersexo existem? Quantas pessoas sabem que ser bi é mais que "gostar de ambos os sexos"? Quantas pessoas sabem que mulheres e homens trans não são de gêneros diferentes de mulheres e homens cis?

Nesse último suposto "mês da diversidade", falaram bastante sobre pink money: sobre um apelo superficial das companhias e empresas para conseguirem dinheiro de ativistas LGBTQIAPN+, quando tal apelo não resulta em nenhum benefício real para qualquer identidade. E, sim, acho bastante suspeitas as propagandas que falam em orgulho e empoderamento, sem mostrar uma pessoa sequer em seus comerciais fora da internet - casais gays convencionalmente atraentes são clichês e certamente qualquer comunidade não representada reclamaria de qualquer tipo de representação, mas que tipo de empoderamento só quer mostrar cores bonitas e não qualquer tipo de pessoa na comunidade representada? - mas não são só as grandes empresas que reduzem a comunidade a festas e arco-íris.

Temos dias que consideramos de lutas, e dias que consideramos de festas, mas quando são nossos dias de educação? Aonde estão essas milhões de pessoas, ou ao menos alguma parcela considerável delas, em rodas de conversa sobre experiências trans, em palestras sobre racismo/capacitismo/misoginia/etc. na comunidade LGBTQIAPN+, em grupos de internet que falam sobre orientações e gêneros menos conhecidos, em palestras sobre monossexismo?

Aonde está nosso legado, quando as únicas experiências exclusivas da comunidade LGBTQIAPN+ brasileira são gírias e a teima em manter vocabulários em desuso gradual há decadas em outros países?


  Feliz mês de orgulho!
Postagem por: Aster - 01-06-2017, 02:11 PM - Fórum: Identidades - Respostas (5)

Vocês vão seguir algum calendário?

Esse, originado no ano passado, está começando a circular novamente:
[Imagem: tumblr_inline_oqvkdqWa0i1ryf3ms_500.png]

Eu tenho os seguintes problemas com isso:

1. Stonewall ocorreu em 28 de junho, e a maioria que estava lá se dizia gay, travesti, bissexual ou lésbica. Porém, os últimos dias são reservados a quem tem certas atrações românticas, não sexuais. Acho que gay/lésbica/bi/trans poderiam ficar lá pelo final.

2. Acho que não é muito necessário ter algo separado para quem tem só a orientação romântica como aquilo, já que as comunidades das orientações geralmente possuem tanto pessoas x-românticas x-sexuais quanto x-românticas y-sexuais e z-românticas x-sexuais. Talvez uma alternativa seja um dia para a celebração de pessoas com orientações separadas.

3. Algumas das identidades são aleatórias e específicas demais. Não existe dia geral para orientações multi, mas existe para orientações que pouca gente usa, como omni e cetero. Não existe dia geral para orientações fluidas, ou para abro, que é a mais comum delas. Não temos dia para uma identidade antiga e relativamente popular como neutrois, mas temos demimeninos e demimeninas em dias separados. Não temos dia geral para identidades de múltiplos gêneros, mas temos um dia para trigênero, que nem é uma identidade tão comum assim.

Eu poderia refazer o calendário, mas... vale a pena? Que eventos poderíamos fazer aqui?


  Dicas para utilizar linguagem neutra / para se adequar a outras linguagens
Postagem por: Aster - 31-05-2017, 04:21 PM - Fórum: Conjuntos de Linguagem & Aplicações - Respostas (4)

Eu já escrevi algumas coisas sobre isso, mas tenho mais algumas dicas.

1. Desconstruindo a linguagem utilizada por conta de "senso comum"

É necessário pensar que, como uma sociedade, estamos acostumades a designar linguagem a outras pessoas, ao invés de deixar as pessoas se definirem.

Por exemplo, vemos uma pessoa com certa aparência e decidimos se vamos dizer que esta pessoa é homem ou mulher, e também vamos decidir se usaremos o/ele/o ou a/ela/a.

Por isso, é difícil absorver a ideia de deixar as pessoas se determinarem. Já ouvi até mesmo pessoas trans binárias dizerem que, se certa pessoa quer ser tratada pela linguagem correta, ela deve alterar seu corpo, comportamento e modo de vestir de acordo. Obviamente, não são essas pessoas que reforçam essas ideias: é a sociedade cissexista que impõe esse padrão para que pessoas não-cis possam ser tratadas pela forma correta.

Não só temos a ideia de que determinar a linguagem de uma pessoa para ela sem mesmo que ela tenha dito qualquer coisa sobre isso é correto e educado - afinal, tratar uma pessoa de forma neutra sem que ela tenha pedido é visto como ofensivo, porque a pessoa provavelmente quer passar por um certo gênero, mesmo sendo cis - como também temos a ideia de que o correto é priorizar linguagens específicas quando se fala de certos grupos, geralmente com padrões reminiscentes de misoginia.

Por exemplo, se estamos falando de um grupo de estudantes onde há 5 homens e 11 mulheres, é um grupo de alunos, ainda que hajam mais pessoas que utilizem o final de palavra a. Isso porque dizer que o grupo é de alunas daria a impressão de que todas as pessoas são mulheres (ou, ao menos, pessoas que usam a/ela/a), afinal, 'homens supostamente não poderiam ser referidos com "linguagem feminina"'. Porém, quando falamos de grupos como faxineiras e enfermeiras, muitas vezes utilizamos o a, porque temos a ideia de que estas profissões são "para mulheres", algo que não acontece com grupos como "engenheiros" ou "advogados".

Isso fez com que, em grupos feministas, se popularizasse a ideia de linguagem neutra, para não priorizar nem homens e nem mulheres.

O problema é que grupos feministas não são necessariamente firmes nisso ou acolhedores de pessoas de todos os gêneros, o que leva a uma "linguagem neutra" que não é reproduzida fora de espaços ativistas. Na vida real, tanto "tod@s" quanto "todxs" acabam virando "todos e todas" ou até mesmo "todos", isso quando e leitore não faz cara feia e pergunta como a palavra é pronunciada, ou ridiculariza a "modinha". (A pronúncia certa é tods, btw: não há miguxês envolvido.)

Enfim, os pontos principais aqui são:

a) Somos condicionades erroneamente a atribuir linguagem a pessoas que não conhecemos pela aparência, de forma cissexista;

b) Somos condicionades erroneamente a atribuir a linguagem o/ele/o a grupos mistos, com a exceção de grupos estereotipicamente femininos, por conta de misoginia.

2. Construindo a noção de que português é uma língua que possui flexões o tempo todo

Em inglês, é mais fácil substituir uma linguagem pela outra; afinal, são poucas palavras que mudam, a maioria são pronomes e títulos. Porém, em português, muitas palavras revelam o nosso final de palavra, ou o final de palavra que estamos usando para outras pessoas. Também temos mais chances de ouvirmos outras pessoas se referirem a nós com certos pronomes e artigos.

Por exemplo, aqui estão algumas frases onde você revela seu final de palavra:
Obrigad'! / Obrigada! / Obrigade! / Obrigado!
Vou chegar atrasad'. / Vou chegar atrasada. / Vou chegar atrasade. / Vou chegar atrasado.
Fiquei preocupad' contigo! / Fiquei preocupada contigo! / Fiquei preocupade contigo! / Fiquei preocupado contigo!
Tô muito velh' pra isso. / Tô muito velha pra isso. / Tô muito velhe pra isso. / Tô muito velho pra isso.

E aqui estão algumas frases onde você usa algum final de palavra para outras pessoas:
Tá cansad'? / Tá cansada? / Tá cansade? / Tá cansado?
Tá lind'! / Tá linda! / Tá linde! / Tá lindo!
Você foi muito diret'... / Você foi muito direta... / Você foi muito direte... / Você foi muito direto...
Ai, como você é chat'! / Ai, como você é chata! / Ai, como você é chate! / Ai, como você é chato!

Como eu já explicitei no primeiro item, somos condicionades a utilizar certas linguagens. Para deixar de utilizá-las, em favor de linguagem neutra, ou em favor de trocar o jeito que você se refere a alguém, temos que começar a isolar as instâncias onde a linguagem é flexível.

Como exemplo, vou pegar alguns comentários em fotos do Instagram de diversos perfis (ênfase minha):

[pessoa a] Q saudades de vc minha princesa! Vc tá linda.
[pessoa b] Que linda mds
______________________________

[pessoa c] Lindeeeeee
______________________________

[pessoa d] Lindooo
[pessoa e] Lindo ????
______________________________

[pessoa f] Maravilhosa ❤❤❤
[pessoa g] ARRAZOU!!! MEU DEUS. SUA DIVAAAAAA!!!❤❤❤
[pessoa h] MENINX PERFEITXXXXXX ??
[pessoa i] MARAVILHOSA
[pessoa j] Que lindaaa
[pessoa k] LiNdaH
[pessoa l] Conheci seu canal agorinha e amei, você é incrível, eu já te amo ?
[pessoa m] Nossa que isso é muita beleza em uma pessoa só
______________________________

[pessoa n] Tudoooo
[pessoa o] Linda demais
[pessoa p] Amor meu
[pessoa q] Vc é muito lindo adoro sua musica
[pessoa r] Migo, [ableist slur], vc esta amazing!!!
[pessoa s] To encantada ?
[pessoa t] Amoooo!
[pessoa u] oi sumido
[pessoa v] TE AMOOOO
[pessoa w] Lindo, te amo...
[pessoa x] VOCÊ É RAINHA ?❤

As palavras em negrito são as que poderiam mudar de acordo com a linguagem que a pessoa usa. Note como são várias, e que também é possível fazer elogios evitando utilizar qualquer linguagem.

Na escrita, é mais fácil acertar. Você pega a frase e tenta passar para outra linguagem - mesmo que seja de o/ele/o para a/ela/a ou vice-versa - só para ver que palavras vão ser mudadas. Daí você passa para a linguagem necessária, caso seja diferente da qual você acabou de passar.

Com o tempo, você fica mais antenade em relação a que palavras possuem esse tipo de flexão, e passa a ser mais capaz de utilizar a linguagem de certa pessoa mesmo que ela não venha a você de forma "natural".

Caso queira, você pode ver exercícios relacionados a isso aqui.

3. Utilizando a flexibilidade para trocar a linguagem

Quando você já consegue detectar quando uma palavra seria diferente caso você esteja se referindo a uma pessoa que usa linguagem diferente, você também consegue não dizer a palavra quando você não sabe como se referir a certa pessoa, ou mudar a informação inicial que você achou que tinha sobre a linguagem da pessoa para outra.

Por exemplo, ao pensar em dizer "você é nova aqui, não é? Você é aluna do curso de cinema?", você vai perceber que está julgando a linguagem pela aparência, e então pode repensar em sua frase:

"Você é nove aqui, não é? Você é alune do curso de cinema?" (Caso prefira substituir tudo por linguagem neutra)

ou

"Você está há pouco tempo aqui, não é? Você é do curso de cinema?" (Caso prefira omitir qualquer linguagem)

O comprometimento de mudar um hábito tão forte é sempre difícil, mas eu garanto que é mais fácil tentar utilizar linguagem inclusiva sempre que possível do que guardar para círculos ativistas onde a linguagem neutra é "politicamente correta", ou tentar só mudar o hábito em relação a pessoas específicas por estas não serem cis, ou tentar mudar só certas "palavras chave" (como quem escreve "todxs" e "xs alunxs", enquanto ainda diz "os negros", "os trabalhadores" e "as LGBTs").

4. Apêndices

x/elx/x, ê/elu/e, -/êlu/e, e/éli/e, i/éli/i... existem várias formas de utilizar linguagem neutra. Só lembre-se de que, assim que você souber que linguagem usar para uma pessoa particular, é melhor usar a linguagem da pessoa, mesmo que você queira usar uma coisa só pra todo mundo.

Mais dicas de como utilizar linguagem:

Tabela com palavras "difíceis de neutralizar":
[Imagem: zT0odFa.png]

O que é linguagem/exemplos de linguagem:
http://orientando.org/forum/t/linguagem/

Tipos de linguagem:
http://orientando.org/listas/tipos-de-linguagem/

Guia para a linguagem oral não-binária ou neutra:
http://pt-br.identidades.wikia.com/wiki/..._ou_neutra


  Altersexo [ac: menção a genitálias/características sexuais/disforia]
Postagem por: Aster - 29-05-2017, 08:27 PM - Fórum: Identidades - Respostas (8)

[Imagem: altersex_by_pride_flags-dbavvn4.png]

Resumo: Altersexo é um termo abrangente que consiste de alter, que aqui significa "diferente" ou "outra possibilidade", e sexo, se referindo a características fisiológicas sexuais primárias e secundárias. Altersexo é uma palavra feita para ser utilizada em grande parte, mas não exclusivamente, para personagens fictícies, descrevendo corpos com partes que não são normalmente presentes em homo sapiens, ou, no caso de indivíduos reais utilizando altersexo como identificação pessoal, aquêlus cujos planos para seus corpos, ou visão de seus "verdadeiros" corpos, se encaixam em altersexo. Altersexo pode também se referir a -possíveis- sexos que não são nem perisexo nem intersexo, no caso daquêlus que passam por terapia hormonal ou cirurgia de redesignação sexual de algum tipo, já que essas pessoas definitivamente não devem usar intersexo.

(Fonte)

Eu não vou traduzir tudo, mas basicamente, este é um termo que foi criado para que pessoas possam falar de corpos que não existem naturalmente sem cair em território de palavras estigmatizadas diadistas ou cissexistas.

Personagens intersexo continuam sendo intersexo, obviamente: é diferente ter ume personagem que possui cromossomos XXY (possível) e ume personagem que possui tanto um pênis gigante quanto uma vagina perfeitamente funcionais (impossível).

Termos como angenital ou agenital (alguém que não quer ter genitália) e bigenital ou salmaciane (alguém que quer ter tanto pênis quanto vagina funcionais) ainda existem e podem ser utilizados. Porém, também existe a possibilidade de usar altersexo para descrever estes estados, e outros.

O termo foi criado tanto por pessoas trans quanto intersexo, então não é como se estivesse sendo forçado por pessoas de fora de qualquer um destes grupos.