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  Venus-, Mar- e Terra-
Postagem por: unã - 16-11-2017, 12:50 PM - Fórum: Identidades - Respostas (3)

Tinha postado no grupo Non-Binary Gender Pride, e existem orientações espaciais (não sei pq só pra nbs but ok), como venusique, martique, terrique. Achei interessante, pois pessoalmente, é complexa a tradução de orientações como muié- e omi-, mas nem todes são atraídes por nbs de identidades "binárias" (f/m), sendo realmente mono-. Também acho legal as orientações como aquílicas (achillean) e sáficas ou sápficas (sapphic).
Só achei chata a terraric, eu como ceteroflexível, não me sinto comtemplade com, acho que Mercúrio, Saturno, etc representariam melhor.

Galeria de várias orientações baseadas em gênero


  Decisões, decisões.
Postagem por: altedude - 13-11-2017, 09:44 PM - Fórum: Identidades - Respostas (2)

Quando eu entrei no fórum, fiz um tópico sobre não saber minha orientação. Eu me decidi por usar multiquoi, multi pela atração por múltiplos gêneros, quoi por realmente não entender nada.

Eu não me sinto diferente em relação a isso. Se eu sinto atração, parece que só vai até um certo ponto. Daí eu não sei se é disforia, se sou akoi/lith, se o que sinto é atração platônica/estética e sou aroace, se é uma atração fraca que faz de mim moll/gray/caligo, se algum dia vou sentir atração forte e assim ser uni/oligo/demi/spike.

E eu não tenho nenhum tipo de asco ou ódio contra esses termos, ou contra pessoas que os usam. Também apoio 100% quem usa propeest ou myr. E não guardo rancor contra a identidade quoi.

Mas, no meu caso? Eu acho que é melhor para mim ter um rótulo mais vago, para parar de me preocupar sobre o rótulo certo. Veja só, não é que alguém me obriga a usar um rótulo, ou me pressiona para manter o mesmo rótulo sempre. É que EU quero ter algo pra me descrever, é que EU quero ter uma comunidade e crescer sem medo do que acontece se eu mudar minha orientação ou minha opinião sobre ela.

Por conta de toda essa minha confusão, vou passar a me identificar como pomo. Vou usar pomossexual porque a palavra parece mais formal e o povo reconhece como orientação.

E, como todo demônio MOGAI que espalha por aí a ideologia de gênero, eu vou endoutrinar vocês para que sejam pomossexuais também! MUAHAHA

Ok, falando sério, eu quero falar das vantagens da minha identidade, porque pode ter gente como eu em cima do muro sobre usar o termo ou não.

1! É uma versão de queer que ninguém vai reclamar.

Ao contrário de queer, que recebe uma penca de reclamações (é xingamento, é em inglês, é só fachada pra bissexuais que sentem vergonha do termo, é só pra hétero que quer infiltrar a comunidade), pomo não possui estigmas tão formados, e também possui a conotação "eu provavelmente estou fora das caixas convencionais".

2! Pomo possui uma comunidade, ainda que pequena.

Daqui:

Amino: http://aminoapps.com/c/Pomosexual
Deviantart: https://pomosexuall.deviantart.com/
FandomWiki: http://pomosexual.wikia.com/wiki/Pomosexual_Wiki
Facebook Group: https://www.facebook.com/groups/pomopride/
Instagram: https://www.instagram.com/pomosexualpride/
Tumblr: http://pomosexualpride.tumblr.com
Twitter: https://twitter.com/Pomosexuall
Website: http://www.pomosexuality.org
Reddit: https://www.reddit.com/r/PomosexualPride/

3! Pomo é um termo guarda-chuva

Pessoas com, novi, e de outras orientações "complexas demais para entender/explicar" podem usar o termo e espaços pomo.

4! Pomo é uma rejeição de categorias.

Você sente que sua orientação não pode ser descrita com algum rótulo existente? Você não quer usar os rótulos existentes para sua identidade por algum motivo? Você sente que sua orientação não pode ser separada de outras identidades suas, a ponto dos rótulos tradicionais frustrarem você? Parabéns, você pode ser pomo!

5! Pomo significa pós-moderno. Portanto, tem uma vibe pós-modernista ao redor de pomo.

[Imagem: giphy.gif]
[Imagem: tumblr_owrrdh7jrR1wrdix8o3_400.jpg]


  8 de novembro - Dia da Solidariedade Intersexo
Postagem por: Aster - 08-11-2017, 01:03 PM - Fórum: Opressões - Sem eespostas

Postagem do FB Visibilidade Intersexo:

https://www.facebook.com/visibilidadeint...5206582805

Eu não preparei uma postagem pra hoje assim como preparei a do dia 26, então vou só deixar aquela postagem em destaque até o dia de hoje.


  TODXS Embaixadorxs - Follow-up do programa
Postagem por: Aster - 07-11-2017, 07:03 PM - Fórum: Identidades - Respostas (5)

Eu vou falar sobre tudo o que aconteceu no programa, então já aviso que esse texto será meio longo. Vou colocar um resumo no fim, para quem não se importar com detalhes.

Para quem não sabe, TODXS Embaixadorxs é um programa da TODXS com o objetivo de capacitar pessoas jovens para que façam projetos que ajudem a comunidade LGBTQIAPN+ do Brasil. Na prática, isso significa que tivemos aulas e trabalhos para fazer, e depois orientações para elaborarmos um projeto que tenha algum tipo de aplicação prática.

Por exemplo, uma das pessoas do programa planejou uma casa de acolhimento para pessoas LGBTQIAPN+ (o projeto já está em andamento btw), outra planejou um curso de formação sobre identidades LGBTQIAPN+ focado em crianças e professories do ensino fundamental e outra planejou um curso de formação para profissionais da área da saúde focado em saúde intersex. Foram ao todo 18 projetos, se eu não me engano de 21 pessoas diferentes; a turma era de 26 pessoas, mas algumas pessoas não ficaram até o fim do programa.

Como esse ano foi a primeira turma, eu não duvido que o programa mude bastante mais pra frente. Estou contando minhas experiências, não garanto que vão acontecer as mesmas coisas em turmas futuras.

Enfim, vamos por partes.

1. A seleção

Inicialmente, preenchi um formulário com meus dados, e tive que enviar um vídeo de até 1:30 para explicar quem sou e porque quero entrar no programa.

Não me lembro muito bem de como foi, mas lembro que tinha um monte sobre experiências passadas com liderança. Todo esse negócio de liderança e de questionários com perguntas vagas já me deixou meio mal, porque minhas experiências de liderança foram principalmente pela internet, e o questionário pareceu bastante esquema de entrevista de emprego, sendo que estes são geralmente feitos para eliminar pessoas sem certo perfil psicológico. Ugh.

Lembro que demoraram um tempão para dar qualquer resposta sobre o questionário. Mas eventualmente me convidaram para a próxima fase da seleção, que se não me engano foi por Skype. Foi uma entrevista, que tinha perguntas específicas a serem respondidas, especialmente para elaborar sobre minhas experiências. Uma das perguntas falou sobre experiências com algum dos valores (acho que) da TODXS, e essa pergunta me ferrou, porque eu não sabia o que falar. Demorei um tempão e falei algo que acho que nem tinha tanto a ver com o valor que escolhi falar sobre, e aí tive certeza que já era pra mim; entrevistas de emprego são a maneira mais efetiva de manter pessoas como eu fora de empresas.

Mas talvez minhas experiências e sonhos fossem suficientes para me aceitarem, ou talvez não liguem tanto para o padrão empresarial quanto parecem ligar, ou talvez as outras pessoas que se candidataram tivessem ido bem pior. De qualquer forma, menos de uma semana depois (até onde me lembro) já recebi um e-mail dizendo que eu fui aceite no programa, com instruções posteriores sobre os workshops. No mesmo dia foi criado um grupo no WhatsApp com as outras pessoas do programa.

2. Primeira fase

Acredito que a primeira fase do programa tivesse o objetivo de dar uma formação básica sobre ativismo e identidades LGBTQIAPN+.

A cada duas semanas, nos domingos à noite, tínhamos que estar em uma conferência em vídeo com ume palestrante que falaria sobre interseccionalidade, movimento LGBT+, movimento gay, movimento lésbico e bi, movimento trans, e talvez mais alguma coisa que eu tenha esquecido. Todos os workshops tinham leituras obrigatórias e opcionais, sendo que as leituras não chegavam a ser mais do que, digamos, 10 páginas cada.

A cada duas semanas, nos domingos que não tínhamos workshops, tínhamos que entregar algum trabalho (chamado de desafio), que geralmente tinha a ver com nossas experiências, e às vezes com alguma imagem/vídeo que tínhamos que comentar sobre. Os desafios eram feitos em grupos de algumas pessoas, que eram escolhidos pelo time da TODXS.

2.1. Os workshops

Os workshops geralmente eram de pessoas bem preparadas em relação ao assunto, mas houveram diversos problemas com o som, provavelmente porque não testaram antes se as pessoas tinham experiência com videoconferência, e equipamento adequado para isso. Muitas pessoas também não sabiam como ver o chat e dar suas aulas ao mesmo tempo, e aí eu não sei o quanto tem a ver com não poder ou com não conseguir.

O Zoom é uma ótima plataforma em certos aspectos. É possível escolher rapidamente qual o microfone e áudio que você quer usar dentro da conferência, e conseguimos fazer algumas dinâmicas de grupo interessantes porque é possível dividir a conferência em várias salas temporariamente. Mas colocar o chat junto à transmissão é bem chato e difícil, o sistema de mensagens privadas não é intuitivo e, mesmo com mais de um monitor, não dá pra ver todo mundo ao mesmo tempo, porque o menu com os vídeos de todas as outras pessoas não expande muito. Nada que prejudique demais a experiência, mas incomoda um pouco.

Os assuntos dos workshops também incomodaram. O primeiro workshop era de interseccionalidade, e embora eu entenda que esse seja um conceito do feminismo negro, acho que poderia ter uma negra LGBTQIAPN+ também falando sobre intersecções com suas identidades LGBTQIAPN+. Ume colega do programa deu a sugestão de ter uns 2 ou 3 workshops sobre interseccionalidade, com pessoas de intersecções diferentes, para que intersecções com tamanhismo, capacitismo, cissexismo, diadismo, heterossexismo, alossexismo, exorsexismo, etc. pudessem ser cobertas também.

Houve um workshop exclusivo sobre movimento gay obrigatório sendo que tivemos workshop sobre movimento LGBT+ no workshop anterior. Por ser a mesma pessoa cobrindo os dois assuntos, que não tinha tempo de fazer dois workshops, os workshops sobre movimento lésbico e bi tiveram que ser condensados no mesmo. O workshop trans foi legal, mas parou por aí: o workshop intersexo foi opcional, o queer também seria mas não chegou a acontecer, diversas pessoas pediram sobre não-binariedade e também não teve nada.

Com a quantidade de comentários ignorantes sobre ser assexual, sobre o espectro assexual, e sobre identidades não-binárias que houveram no grupo do WhatsApp, a falta de preocupação da equipe em cobrir esses assuntos foi preocupante.

Também acho que não preciso falar o quanto não teve nenhum incentivo para aprender sobre algumas identidades básicas, ou para compartilhar experiências sobre as próprias identidades de cada pessoa. Aliás, eu até vou falar sobre isso nos desafios, mas antes quero fazer mais uns apontamentos:

- Para o workshop de identidade lésbica e bi, os três textos obrigatórios eram sobre a comunidade lésbica, e o opcional era sobre a comunidade "LGBT" em geral;
- Os textos lésbicos tinham muita retórica radfem embutida, que não foi refutada em nenhum texto e nem no workshop;
- Eu perguntei sobre aceitação de mulheres trans na comunidade lésbica, e a pessoa dando o workshop disse que qualquer pessoa que se diz mulher é aceita nesses espaços;
- Ninguém falou em exclusionismo, atual (QIAPN) ou histórico (LBT) em nenhum momento, até onde me lembro;
- Pessoal da TODXS me pediu uma lista de leituras para que pudessem ser mais inclusives no futuro. Eu fiz a lista, não obtive nenhum retorno. Ok que a lista é longa, mas não tive nem um "eu quero ler mais sobre isso, onde acho?" ou "eu queria aprender mais sobre isso, pode explicar?" ou "não tem nada sobre (insira identidade aqui)?", então... yeah.

2.2. Os desafios

Geralmente tínhamos uma semana para fazer os desafios, mas às vezes tivemos mais tempo.

O grande problema dos desafios é lidar com pessoas com agendas totalmente diferentes que precisam conversar para entrar em algum consenso. Para es futures embaixadories, recomendo fazerem os grupos o mais cedo possível e trocarem ideias o mais cedo possível, sem se importar tanto com o quanto não é tão legal fazer algo sem videoconferência ou chat direto. Se precisarem de uma mídia mais estática, usem e-mail; se precisarem escrever no computador, deixem de preguiça e usem o WhatsApp Web ou façam um grupo no Skype/Discord/etc.

Embora os assuntos dos desafios fizessem com que as pessoas tivessem que pesquisar sobre alguma identidade e trocar experiências com pessoas de identidades diferentes, eu não sei se os desafios foram muito efetivos. Não havia nenhum compromisso para ver os trabalhos des colegas, e algumas vezes estes trabalhos estavam relativamente incompletos, ou não eram feitos.

Os desafios também muitas vezes vinham de um ponto de vista mais para o lado de certas identidades/experiências. Uma apresentação de 2 páginas ou de 10 minutos parece razoável se estamos falando de "quais as leis que protegem contra discriminação anti-LGBT+", mas não tanto se estamos falando de "o que é gênero, quais gêneros existem, como gênero funciona, como não ser cissexista, quais são os preconceitos que pessoas trans/não-binárias sofrem?". Uma pergunta do tipo "quando você saiu do armário" parece indicar que é só você decidir que vai se abrir sobre sua identidade que todo mundo automaticamente vai saber dela e te reconhecer como ela.

O que ficou pra mim é que os desafios só funcionam se os grupos escolhidos tiverem alguma sinergia entre si, ou:

- Uma pessoa vai se esforçar para fazer um bom trabalho, sendo que não vai ter comentários nem des colegas de grupo que querem acabar com isso logo nem dos outros grupos que não vão ver o trabalho;

- O grupo criado vai ser um porre, o trabalho final vai ficar ruim, e o que vai acontecer vai ser só uma insatisfação geral por não ter feito um bom trabalho, ainda que não tenha nenhuma consequência real por conta disso.

Tipo... as pessoas do grupo vão ser as únicas preocupadas com a qualidade do trabalho, então são as únicas que vão ter que pesquisar, aprender e ensinar. Então... sei lá. Se possível, conversem com aquela(s) pessoa(s) que não sabem nada do assunto e não sabem o que dizer. Para ao menos o grupo inteiro ter um bom conhecimento sobre o assunto, já que o resto não vai dar bola.

3. Segunda fase

A segunda fase foi parecida com a primeira fase, em relação a workshops e desafios. A diferença é que os workshops foram lições básicas sobre fazer projetos e empreendedorismo, enquanto os desafios eram para dar forma aos nossos projetos.

Eu acho que teve um baque bem forte quando a segunda fase começou, porque desde a inscrição não houve quase nenhum lembrete de que teríamos que elaborar projetos para ganhar o certificado. E aí os desafios começaram a ficar estranhos, porque o primeiro é vago demais para quem já tem um projeto, mas os outros são específicos demais para quem não tem um projeto. De qualquer forma, acho melhor já ter um projeto antes do que não ter nenhum.

Também tem a possibilidade de fazer um projeto com outra pessoa, ou de fazer seu projeto e ajudar outra pessoa.

Os workshops também não ajudaram muito algumas pessoas. Acho que funcionam mais como revisão (se você teve aulas de empreendedorismo/administração em algum lugar) do que como aulas por si só. Mas os desafios não são difíceis e a equipe da TODXS fica disponível pra consulta, então não acho que tenha tanto problema.

4. A conferência

Fora algumas pessoas que conseguiram bolsa, todo mundo teve que pagar a própria passagem para São Paulo. Há um baita incentivo para que todo mundo durma no hostel, o que é legal pela convivência e pela disponibilidade (a programação foi quase inteiramente no hostel), mas não é legal porque lol é um hostel.

O que significa estar num quarto com outras pessoas, que não necessariamente vão dormir/acordar nos mesmos horários, ou que vão querer a mesma temperatura no quarto. O que significa ter que acordar cedo se quiser garantir banheiro disponível. O que significa ter que levar tudo para o banheiro e depois levar tudo de volta pro quarto. O hostel ficou basicamente pra gente, então não houveram problemas com segurança ou com divisão dos quartos por gênero. O hostel também só possui banheiros neutros.

Disponibilizaram comida vegana/vegetariana para quem pediu, mas acho que não precisava agir como se só as pessoas que não fossem comer carne iriam preferir as opções sem carne, lol.

Quanto à programação, não sei o quanto mudou por conta do ENEM, mas... sei lá, acho que tem coisas ali que podiam ter dado em workshops, e que as pessoas estariam bem mais dispostas a ouvir e a aplicar em seus projetos se fossem aprendidas antes. Houveram algumas dinâmicas de grupo que eu entendo serem ao vivo, mas que também deveriam ter sido feitas antes de todo mundo já ter preparado seu projeto. Idk.

As saídas com o pessoal foram legais, as dinâmicas e os workshops também, mas acho que daria para tirar algumas das coisas da programação, ou colocar elas antes, e dar mais liberdade pro pessoal passear pela cidade.

A conferência em geral foi bem tranquila, não teve nenhuma grande pressão para ter que acompanhar o grupo nas saídas, para treinar pitches, para participar do show de talentos, ou para participar da oficina opcional de drag. É ruim dormir pouco, mas dá pra aguentar bem com toda a adrenalina.

A apresentação em si foi complicada pela falta de tempo/recursos (4 minutos/10 slides), mas teve bastante gente que conseguiu ir bem.

Para a próxima fase, que ainda não começou, três dos projetos vão ser selecionados para ter um suporte mais específico para cada projeto, além de cada um deles receber um investimento de R$ 1500. Não é praticamente nada para um projeto social, mas ao menos é alguma coisa.

(Tipo, sério. A mentoria e o programa em si são ótimas preparações, e eu entendo que o dinheiro depende de patrocinadories enquanto o trabalho é voluntário, mas a não ser que você queira construir um site usando layouts de graça e pagando mal/não pagando quem for escrever, é pouca grana. Se seu projeto precisa de viagens, de lugar físico, de publicação, etc., não é o suficiente. Não estou reforçando isso porque alguém está dizendo que esse dinheiro é suficiente, mas sim porque se você quiser aplicar um projeto por meio desse programa, não é "só" ganhar o edital.)

5. Conclusão/Resumo

Eu NÃO recomendo esse programa se você espera:

[ul][li]Workshops profundos que podem substituir leituras de bons textos sobre a comunidade LGBTQIAPN+;[/li]
[li]Poder aprender, ensinar ou ter discussões profundas sobre identidades e opressão anti-LGBTQIAPN+;[/li]
[li]Pouco trabalho. Você vai ter que fazer os desafios e preparar o projeto;[/li]
[li]Uma comunidade completamente diversa e inclusiva em relação a identidades LGBTQIAPN+, onde é possível achar pessoas de vários gêneros e orientações diferentes.[/li][/ul]

Eu recomendo esse programa se você espera:

[ul][li]Uma base básica para aprender a fazer um projeto;[/li]
[li]Uma comunidade que vai ter ao menos alguma diversidade de experiências, onde é possível conhecer e conversar com pessoas com outras vivências;[/li]
[li]Achar alguém para contribuir com seu projeto, desde que seja possível contribuir à distância;[/li]
[li]Fazer contatos LGBTQIAPN+ em outros estados.[/li][/ul]

Caso você tenha conseguido acesso a este tópico de outro lugar: estou falando de uma perspectiva em relação ao Orientando, um espaço onde é possível discutir sobre identidades, discriminações, representações, etc. Obviamente um espaço com uma seleção como a do programa Embaixadorxs vai ter certa variedade de experiências e certo conhecimento sobre discriminação em comparação a espaços "LGBT" quaisquer, mas o Orientando atrai muito mais pessoas de orientações/gêneros "rejeitades", é um espaço muito mais aberto a discussões profundas e é mais intolerante em relação a hetero/di/cissexismo do que um grupo que não recebe nenhuma preparação para lidar com identidades que não são as suas.


  Uma pessoa de pão de gênero (genderbread person) mais precisa [ac: ignorância]
Postagem por: Aster - 06-11-2017, 10:09 PM - Fórum: Identidades - Respostas (2)

Detalhe do aviso: como eu fiz isso em resposta a um gráfico bem popular por aí, vão ser mencionadas instâncias de ignorância sobre assuntos LGBTQIAPN+ em geral. Digo em geral porque vai ter de tudo um pouco (especialmente em relação a identidades mais ignoradas), e não acho que vai ter qualquer coisa forte o suficiente para mencionar especificamente.

[Imagem: 0Dh2rxV.png]
(Link para a imagem)


não coloquei como postagem no blog do Orientando porque eu acho que é petty demais pra isso lol

e antes que alguém diga que "mas aqueles esquemas são só pra simplificar, ninguém pensa que aquilo vai descrever todos os rótulos!!", eu gostaria de apontar que:

- ainda existem pessoas que acham que intersexo é um sexo só (e que é definido pela genitália ambígua);

- ainda existem pessoas que não aceitam que existem orientações além de gay (ou lésbica)/hétero/bi/assexual (e olhe lá), ou que não entendem que NB não é uma categoria única aonde pessoas podem sentir atração por todas as pessoas NB ou por nenhuma;

- ainda existe muita, mas muita gente que acha que ser NB significa um estado entre homem ou mulher, ou falta de gênero, ou a rejeição de gênero. E ainda que essas experiências existam e sejam válidas, existe muito além disso;

- existem pessoas que não sabem separar atração sexual de atração romântica, ou atração sexual de libido, e colocar orientações como algo presente no coração ou na genitália me lembra muito de má retórica que vejo por aí

- se existem pessoas que aprendem no ensino fundamental que existem dois tipos de sistema reprodutor, um de homens e outro de mulheres, e que aprendem no ensino médio que existem cromossomos XY que são de homens e XX que são de mulheres e talveeeeez algumas variações como X0 e XXY que são chamadas de síndromes e que podem ser ignoradas, sem qualquer menção a intersexo ou a palavras similares, e que posteriormente acham que sabem tudo sobre sexo e gênero, mais do que pessoas que exploraram seu gênero, mais do que pessoas trans, mais do que pessoas intersexo, mais do que pessoas que estudaram sobre o que é gênero no ensino superior e sobre o quanto isso mudou de acordo com cada sociedade, existem pessoas que vão levar esses gráficos simplificados como o auge da diversidade e do conhecimento LGBTQIAPN+;

- hoje eu vi um desses gráficos que confundia papeis de gênero (papeis forçados pela sociedade: mulheres cuidam das crianças, homens dirigem, mulheres cozinham, homens precisam fazer avanços com intenções sexuais/românticas enquanto mulheres devem esperar, etc.) com expressão de gênero (aparência/apresentação/trejeito: pessoas femininas usam vestidos e maquiagem, pessoas masculinas são desleixadas com a aparência, pessoas masculinas possuem menos emoção na fala, pessoas andróginas usam roupas consideradas masculinas mas possuem a aparência mais arrumada, etc).


  Militancia Panx Bi
Postagem por: l00ki - 06-11-2017, 12:03 PM - Fórum: Opressões - Respostas (4)

Boa tarde, gostaria de pedir um auxilio de como eu poderia agir em situações como esta:

Já sofri e ainda sofro com meu twitter pansexualidade, e conheço gente que ainda sobre, panfobia no meio da comunidade bi, são poucos os grupos bi que praticam isso, porém eles inflamam os outros da comunidade, e acabam espalhando este ódio, preconceito e falso significado quanto as outras polisexualidades, excluindo elas do ambiente bi, falando que as polisexualidades não existem, que apenas existe o termo bi, que define todes que se atraem por 2 ou mais gêneros, dizendo que estas sexualidades são invenção e "mimimi". Existem também uma parte que ainda acredita que bissexualidade é a atração apenas por homens e mulheres, excluindo do significado bi as polisexualidades. Eu faço parte de um grupo pan, administrado por pessoas que sofrem este preconceito e ataques contínuos a página, grande parte é feito pela militancia bi, e os admins acabam atacando de volta, querendo como solução, a separação da pansexualidade completamente do "guarda chuva" que é a bissexualidade.

Eu fico vendo essa "guerra" entre os dois lados e fico tentando mostrar que não é bem assim, que pan está sim inserido dentro do termo bi, porém quem utiliza pan é para especificar a sexualidade, porém o pessoal do grupo por sofrer constante preconceito do grupo bi que não aceita que pansexuais se classifiquem como bi, eles não escutam. Nem o grupo de pessoas pans, nem o grupo de pessoas bi que eu tento dialogar.

Queria da experiencia de vocês alguma dica de como tratar esta situação, pois vejo que essa "guerra" entre militancias, só enfraquece ambos os movimentos, que poderiam se unir para aumentar a visibilidade das multisexualidades, porém parece que nenhum dos lados quer ouvir a razão, ficam escrevendo textões no facebook atacando um a página e grupo do outro, quando o verdadeiro inimigo que é as pessoas heterocisnormativas que praticam um preconceito muito maior e violento contra a nossa comunidade são ignorados quando não direcionam a energia contra elxs.


  Sugestão: botão de curtir
Postagem por: viajante - 05-11-2017, 12:53 PM - Fórum: Fórum - Respostas (3)

Queria que houvesse uma opção de dar curtidas em postagens do fórum, assim não preciso postar comentários como "legal" ou "obrigada pela explicação". O que acham?


  O separatismo do T da sigla e a relação com TERFs e conservadores cristãos
Postagem por: QueerNeko - 29-10-2017, 08:18 PM - Fórum: Opressões - Respostas (4)

Estava lendo um artigo que falava sobre uma instituição conservadora cristã e também um grupo de ódio anti-LGBTQIAPN+, a Family Research Council, e como a estratégia atual desses grupos é enfraquecer o ativismo trans tentando posar como grupos pró-LGB "progressistas", usando argumentos pseudo-científicos, baseado em argumentos de feministas radicais e de estatísticas falsas e enganosas.

https://www.splcenter.org/hatewatch/2017...rate-t-lgb

Também lembrei de outro artigo que falava de uma organização feminista radical que fazia amicus curiae em julgamentos relacionados com alguma pessoa trans. Essa organização recebe dinheiro de grupos cristãos conservadores anti-aborto e anti-LGBTQIAPN+.

http://transadvocate.com/fake-radical-fe..._20207.htm

Isso me faz pensar que o direito de pessoas trans é o principal campo de batalha que esses grupos cristãos querem atacar, além de que é uma tentativa de enfraquecer o ativismo LGBTQIAPN+ tentando separar em grupos menores. Além disso existe a união de grupos de TERFs com esses grupos cristãos, o que demonstra cada vez mais o conservadorismo disfarçado de progressivismo de TERFs. Por isso que é importante que a comunidade LGBTQIAPN+ seja mais inclusiva, porque exclusionismo é exatamente o que essas pessoas querem.


  Pesquisa: há a necessidade de incluir hétero na lista de orientações?
Postagem por: Aster - 28-10-2017, 11:16 PM - Fórum: Site - Respostas (10)

Com o tópico de Fulan@ sobre o assunto, resolvi fazer uma pesquisa, e abrir discussão sobre isso.

Não postaremos bandeira de orgulho hétero alguma, porque assim como orgulho cis, todo caso de "orgulho hétero" provém ou de ódio explícito contra pessoas não-hétero, ou de concepções erradas sobre o que a identidade hétero representa, que também acabam representando discursos de discriminação ("só nós podemos nos reproduzir!", "só nós fazemos famílias de verdade!", "só nós temos relações balanceadas entre os dois gêneros!", etc).

Porém, caso a votação de fazer uma página para hétero ganhe, vou falar da cunhagem do termo, que ocorreu junto a do termo homossexual, e talvez da questão da inclusão ocasional de "héteros aliades" em siglas de coletivos ou organizações LGBTQIAPN+.

Algumas razões para ser a favor da inclusão:

- Muitas pessoas definem hétero como "atração por gêneros diferentes", ignorando que a heteronormatividade não valoriza relacionamentos que incluem pessoas não-binárias;

- A lista poderia ser considerada mais completa, por não ignorar uma das orientações mais conhecidas;

- Ainda que já existam explicações sobre o que é hétero nas páginas O que é orientação sexual? e O que é orientação romântica?, estas explicações estão no meio de outras informações, e portanto podem ser perdidas ou acabar não sendo encontradas.

Algumas razões para ser contra a inclusão:

- Tecnicamente, informações sobre como se define hétero já estão disponíveis no site;

- Não há necessidade de "promover" a identidade hétero, pois ela é bem conhecida e raramente é mal-interpretada, ao contrário de qualquer outra orientação;

- A questão de "ter uma orientação faltando" pode ser resolvida com a mudança do nome da seção para "lista de orientações marginalizadas", ou com a adição de um parágrafo que diz que como o site é para promover identidades LGBTQIAPN+, não há a necessidade de colocar hétero na lista.

Sintam-se livres para espalhar a pesquisa, sei que tem muita gente que conhece (ao menos superficialmente) o Orientando, mas que não frequenta os fóruns.

<iframe src="https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScJWeOWLiXPsc8U5l9C9q2AUxldu4NO16huMkuUGWVCrzbEyQ/viewform?embedded=true" width="760" height="500" frameborder="0" marginheight="0" marginwidth="0">Carregando…</iframe>

(Caso o embed acima não carregue, clique aqui.)


  É possível pessoas bi serem homofóbicas? [aviso: homofobia, bifobia]
Postagem por: caah - 27-10-2017, 08:17 PM - Fórum: Opressões - Respostas (4)

Se tudo o que pessoas bi sofrem é por terem atração ao mesmo gênero, não é possível pessoas bi serem homofóbicas, estariam apenas reproduzindo homofobia.

Se bifobia está dentro de homofobia, é possível gays/lésbicas serem bifóbicos.

Mas se bifobia é completamente diferente de homofobia, o que várias pessoas bi defendem, gays/lésbicas podem ser bifóbicos /e/ pessoas bi também ser homofóbicas, não? Mas geralmente todos os comentários sobre homofobia de pessoas bi é tido como monossexista/bifóbico. Então como isso funciona?