Monstro dos Mares (editora que publica zines com conteúdo subversivo)
Eu não sou tão inteirade nesse meio do que outras pessoas, mas achei que seria interessante compartilhar o pouco do que sei aqui. Sintam-se livres para contribuir.
(Tenho umas zines aqui, aliás. Alguma hora eu publico a trendercore no itch.io usando esse guia aí em cima...)
(Editado)
"Um xenogênero *similar* à dragongender, porém envolve uma "selvageria/animalidade", no sentido animal mesmo, como uma fera ameaçadora, não por ser alguém maldoso ou por querer ferir alguém, apenas por quebrar os padrões com sua natureza bruta, anárquica, espinhosa e afiada. É um dragão que acabou preso por ignorância, por ser uma criatura incompreendida. Conforme o tempo passa, esse dragão se debate de forma bruta e agressiva, arrebentando as correntes com sua força que cresce cada vez mais que o seguram, o que acaba ferindo a ele e até pessoas próximas. A sensação de entender esse gênero é como deixar que este monstro seja livre, desacorrentado, mesmo que outras pessoas o temam. É apenas um animal silvestre querendo sua liberdade.
O gênero pode ser relacionado a tudo que lembre dragões, selvageria, brutalidade, anarquia, desacorrentamento, espinhos e coisas afiadas, animalidade, fúria, agressividade, punk, dentes e garras, gótico, fogo, ferocidade, bestialidade, monstruosidade, grades quebradas.
Espero que não seja visto como algo relacionado a opressão, pois é totalmente o oposto disso. É o famoso "libere a fera dentro de você" só que no caso é uma fera draconiana.
Eu queria saber se posso criar definições sobre um xenogênero chamado dragongender, ou gênero dragão. No caso uma definição que cabe a minha pessoa e que possa caber a outras pessoas que lerem. Criei até design de bandeiras
Já aconteceu de discutir duas vezes, com pessoas diferentes, sobre o que seria não-monogamia, e acredito que ambas situações foi defendido uma posição exclusivista.
É um pouco difícil dizer exatamente o que essas pessoas defendem como não-monogamia (até porque acho que elas não defendem a mesma coisa), mas a ideia central seria dizer que a monogamia possui alegadamente muitos aspectos, como "ter certo controle entre es parceires", "ter um casal principal" etc..
De modo que um trisal fechado não seria monogâmico (por ser fechando, e por isso, alega-se ter certo controle), e um relacionamento aberto, onde tem um 'casal principal', mas as pessoas ainda estão livres para ter outros casos, também seria monogâmico por ter um casal principal.
Outra pessoa defendeu ainda mais coisas, que não me recordo totalmente, mas coisas como uma pessoa não-monogamia não pode nem ter uma orientação (meio que deveriam ser pans) e nem pode dividir os relacionamentos entre romântico/sexual etc. Pois tudo isso ainda estaria logado dentro de um sistema monogâmico.
Essa, inclusive, criticou uma pessoa por se dizer "não-monogâmica e hétero". Já a outra, ao menos, disse que não iria querer reclamar de quem usa o rótulo não-mono, mesmo que na opinião dela não faça sentido em muitos casos.
Acredito que essas são posições bem exclusivistas. As vezes querendo pegar o caso pessoal e aplicar a outras pessoas (com falas como "se alguém num trisal já consegue amar mais que uma pessoa, então pq ter um relacionamento fechado?".)
Claro que é possível que pessoas em um relacionamento não-monogâmico, pode esta sim, por viver numa sociedade onde monogamia é tratada como norma, está reproduzindo espectro da monogamia sem nem perceber. Só que nem sempre é o caso, assumir isso, é desqualificar muitas outras experiências.
Vou fazer comparações com outros casos que acho que tem exclusivismo em outra situações. (Deixarei em spoiler, pois mesmo estando no tópico opressão, o tema fala apenas de não-monogamia)
Obs.: Atualmente, não vejo problemas em fazer esse tipo de comparações. Mas caso alguém acredita que seja problemático, pode dizer o motivo, e eu posso mudar de ideia.
O objetivo não é dizer sobre o que é pior ou algo assim, só para dizer que são discursos com lógica semelhantes.
Existem muitas formas de uma pessoa não ser allo-, e não é legal falar coisas como "demi é parcialmente allo".
Consideramos que qualquer pessoa não allo, está no a-espectral, e não ao contrário (qualquer pessoa não estritamente a[atração], estar no allo-espectral). Mas parece que querem defender exatamente ao contrário, como qualquer pessoa que não é não-monogâmica de certa forma, estar no espectro da monogamia.
Isso lembra casos que querer desqualificar certos gêneros, por ser muito próximo de um gênero binário, ou por um motivo similar.
Mesmo que, ironicamente, uma dessas pessoas defende que "todes trans são não-binairie". Mas no fundo também tem uma semelhança, pois quer pegar um conceito do tipo não-[alguma coisa], e dizer onde se deve aplicar, fazendo uma análise de como essa [alguma coisas] faz parte da sociedade
Isso também me lembra de falas como "você [mulher] que sente atração por homem, ainda é um pouco hetero".
Você concordam que esses discursos são exclusivistas? Qual uma boa forma de combater esse tipo de discurso?
(Vendo o texto todo, ficou mais londo do que eu imagina)
Postagem por: Aster - 29-02-2024, 08:02 PM - Fórum: Grupos & Eventos
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Os eNBontros (organizados por qósmiques, se alguém mais estiver usando o termo e tiver que diferenciar estes de outros) são encontros focados em pessoas não-binárias que ocorrem no Centro Cultural São Paulo, no centro de São Paulo - SP. Eles tendem a ocorrer no segundo domingo de cada mês, e estamos nos reunindo desde 2022.
Pessoas que não são ou não sabem se são não-binárias podem vir também, desde que respeitem identidades não-binárias e a diversidade da linguagem pessoal e dos termos usados para as orientações de pessoas não-binárias.
culturas tradicionalmente inclusivas de pessoas trans não contam se não for a situação atual ou se não aceitam pessoas que não são cis de formas diferentes do que essas culturas aceitam.
estamos vivendo um momento de perseguição política contra pessoas não-cis. eu quero saber de algum lugar onde é possível ser não-binárie em paz. ou que lugar vocês cogitariam pensar como próximo disso.
isso inclui ser referide com linguagem fora do binário (ainda que só exista uma "neutra" como opção)
Refuge Restrooms é um site ou um aplicativo [Google Play | App Store] que permite a visualização e o envio de informações sobre banheiros, com foco na questão de pessoas cisdissidentes estarem seguras neles, mas que também tem sinalização em relação a se o banheiro é acessível. O formulário também pede informação sobre haver mesa para trocar fraldas, mas não sei se dá pra ver isso pelo aplicativo/site.
No momento de escrita, no Brasil, só existem 3 estados com banheiros informados: RS, PR e SP, sendo que PR só tem um único em Curitiba (que eu mesme coloquei ao passar pela cidade).
O aplicativo é meio chato pra mostrar tudo logo de cara. Eu sugiro ir nos banheiros recentes (Recent Bathrooms) para depois ir no mapa geral (Map). Daí é só ir no lugar onde você quer ver arrastando/usando dois dedos para aproximar ou afastar e clicar para pesquisar (search here).
Para preencher o formulário, os seguintes dados são requisitados:
Nome do banheiro (geralmente o nome do lugar onde o banheiro está)
Endereço
Cidade
Estado
País
Se o banheiro é acessível (Accessible) ou não (Not accessible)
Se o banheiro é para pessoas de qualquer identidade de gênero (Unisex / Gender neutral) ou se tem separação binária de gênero mas de forma que seja cabine única ou segura para pessoas trans, intersexo, cisdissidentes de outra forma e/ou inconformistas de gênero (Gendered single stall or safe place)
Se há mesa para trocar fraldas (Changing table) ou não (No changing table)
Direções (como se chega ao banheiro, mesmo estando dentro do lugar; não é uma obrigatoriedade, mas se for um lugar como um shopping pode fazer sentido preencher)
Comentário (informações extras, como, por exemplo, se o banheiro é pago ou exclusivo a clientes ou etc.)
Preenchimento de reCaptcha
Esse tipo de recurso é ótimo para quem não quer ter que lidar com ir em banheiros com marcação de gênero. Porém, isso significa que mais pessoas precisam ir atrás de colocar essas informações.
Em outro site, me falaram sobre ter medo de reaças atacarem os lugares que estão listados. Mas não só esse é um recurso bem obscuro, como também muitas vezes o motivo do banheiro ser neutro em um lugar só tem a ver com falta de espaço. Há trocentos lugares visivelmente (pró-)NHINCQ+ que poderiam ser atacados/protestados antes de alguma cafeteria aleatória onde cabem menos de 10 mesas.
Além disso, quanto mais lugares estiverem na lista, menos foco ou motivo existe pra atacarem, né?
Enfim, sintam-se livres pra comentar: vocês já foram atrás de banheiros sem gênero em suas cidades? Tiveram algum problema com o aplicativo? Têm dúvidas sobre como usar?
Postagem por: Aster - 11-12-2023, 01:17 AM - Fórum: Grupos & Eventos
- Sem eespostas
Este tópico foi feito para reunir contatos para esta página (mas tudo bem tirar dúvidas por aqui também). Só para lembrar (recomendo ler a página em si), os dados são os seguintes:
Projeto (ex.: encontro de enxadristas queer ou partido político transcentrado);
Nome ou apelido, pode incluir conjunto de linguagem se quiser também;
Local, sendo que no caso do Brasil, há a necessidade de incluir ao menos um estado. Tudo bem não incluir a cidade específica se não quiser, mas a ideia é achar gente por perto, então considero "sul do Brasil" uma localização vaga demais;
Link para uma presença online, como uma conta de rede social ou um blog pessoal. A ideia é que exista algum indício dos dados de contato pertencerem a alguém real, nem que essa presença só possa ser confirmada por texto. Alguma forma de contato deve estar disponível em tal link para que dê pra confirmar que a entrada no site foi realmente feita por você;
Dados de contato, como e-mail, Telegram, XMPP, Matrix, Discord, etc. Não poste o endereço de onde você mora. Evite fornecer dados como e-mail ou telefone se estes não forem facilmente descartados. Skiff é um serviço de e-mail que tem aliases (e-mails descartáveis que redirecionam ao e-mail de verdade) de graça embutidos, e recomendo usar esse tipo de coisa caso você queira disponibilizar um e-mail.
Caso a ideia seja somente a formação de um grupo online ou achar amizades, peço que façam ou postem em outros tópicos.
Entradas mal feitas (com itens faltando, por exemplo) não serão colocadas na lista. Entradas inapropriadas (como grupos discriminatórios ou que pretendem realizar atividades ilegais) também não.
Eu vou presumir que se alguém deletou sua postagem aqui é para tirar a entrada da lista. Porém, eu não recebo notificações caso alguém decida deletar sua postagem, então recomendo fazer uma nova postagem avisando para tirar a entrada além de apagar os dados de contato da postagem original (ou de apagar a postagem original inteira).
Para pessoas sem conta no fórum: é possível que a aprovação de sua conta demore entre 1 e 48 horas (vai depender se eu checar o e-mail específico). Também é possível me enviar os mesmos dados por e-mail (contato [arroba] asters.work) ou por outra forma de contato (tenho conta no fediverso em @[email protected], de Matrix em @a:cybre.space, de XMPP em [email protected] e de Telegram em StarryPowder).